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    Athena Saúde abre mão de IPO por piora do mercado local e externo

    Com a operação, a empresa poderia levantar até R$ 2,5 bilhões

    Altamiro Silva Junior, , do Estadão Conteúdo

     A Athena Saúde Brasil desistiu dos planos de fazer sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês). A empresa alega que a deterioração das condições do mercado brasileiro e internacional “impactou diretamente os termos e condições da oferta” que pretendia fazer.

    A empresa pediu na quarta-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a desistência do pedido de registro de oferta pública de distribuição primária e secundária de ações, segundo comunicado da empresa. Bank of America, XP, Bradesco BBI, BTG Pactual, Itaú BBA, Santander e ABC Brasil são os coordenadores da oferta. Em maio, a companhia de saúde já havia pedido a suspensão do IPO por 60 dias, por conta da volatilidade alta do mercado.

    A empresa já havia divulgado anteriormente uma faixa indicativa de preços de suas ações, de R$ 18,35 a R$ 23,12. Considerando o preço médio da faixa indicativa, a Athena poderia levantar até R$ 2,5 bilhões na operação.

    A Athena foi criada em 2017 pelo fundo Brazilian Private Equity V, gerido pelo Pátria. Segundo o prospecto, tem cinco operadoras, 24 clínicas, sete pronto-atendimentos e nove hospitais, em locais como os Estados do Paraná, Espírito Santo e Rio Grande do Norte.

    Ao final de 2020, tinha 708,4 mil beneficiários de planos de saúde ou odontológicos. A companhia se soma a outras que desistiram de fazer oferta de ações nas últimas semanas, por conta do mercado mais desafiador. Entre outras que adiaram os planos de um IPO estão a CSN Cimentos e a Intercement.

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