Apple revisa App Store e afrouxa regras de pagamento após pressão da Epic Games
Companhia havia retirado a desenvolvedora do seu catálogo de produtos por ter criado uma loja independente dentro do seu app


A Apple publicou nesta sexta-feira (11) a revisão de algumas de suas diretrizes da App Store, afrouxando algumas restrições sobre serviços de jogos de streaming, aulas online e quando os desenvolvedores devem usar seu sistema de compra ‘in-app’, que cobra um comissão de 30%.
Estas mudanças vêm após críticas de desenvolvedores sobre as práticas da companhia na App Store e após rivais como Microsoft e Google se recusarem a lançar plataformas de jogos de streaming no iPhone por causa das regras da Apple.
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Há muito tempo a empresa bloqueou catálogos de aplicativos dentro dos próprios, mas disse nesta sexta-feira que permitirá que empresas de jogos de streaming criem tais apps de catálogo. Mas cada jogo no catálogo ainda deve ser feito em seu próprio aplicativo independente e usar o sistema de pagamento no aplicativo da Apple.
O Google e a Microsoft não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
Outras mudanças nas regras incluem permitir que aulas virtuais individuais sejam pagas fora do sistema da Apple, embora as aulas ministradas para um grupo ainda devam usar o sistema da Apple e pagar suas taxas. A mudança veio após o New York Times publicar que o ClassPass, que ajuda usuários a marcar consultas pessoais em academias, passou a estar sujeito às taxas da Apple.
As novas regras também permitem que aplicativos de negócios, como bancos de dados profissionais, ignorem o sistema de pagamento da Apple ao vender para organizações, mas ainda exigem o sistema de pagamento da Apple para vendas a indivíduos ou famílias.
A Apple também disse que aplicativos autônomos gratuitos conectados a um serviço pago fora do aplicativo – como email ou serviços de armazenamento em nuvem – não precisam usar seu sistema de pagamento, “desde que não haja compra dentro do aplicativo, ou apelos para compra fora de a aplicação”.
Fabricantes do serviço de email pago Hey criticaram publicamente a Apple por se recusar a permitir seu aplicativo gratuito complementar na App Store.
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