Após apagão no Piauí, Aneel cobra Equatorial Energia e fará fiscalização
As falhas de fornecimento aconteceram de 31 de dezembro a 3 de janeiro e foram causadas por chuvas e ventos
Após um blecaute atingir a região de Teresina (PI) na virada do ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disse nesta terça-feira que cobrou explicações da distribuidora responsável pelo suprimento local, Equatorial Energia (EQTL3), e que abrirá um processo de fiscalização.
As falhas de fornecimento, de 31 de dezembro a 3 de janeiro, foram causadas por chuvas e ventos e impactaram cerca de 71 mil unidades consumidoras, segundo o órgão regulador. No começo de novembro, um apagão impactou até 90% do Amapá, deixando parte do Estado na região Norte sem luz por mais de 20 dias.
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Em comunicado, a Aneel afirmou que deu prazo até 11 de janeiro para a Equatorial Piauí informar o total de consumidores afetados, bem como os equipamentos da rede afetados pela falha e as equipes emergenciais dedicadas para resolver o problema.
“A Aneel utilizará tais informações em processo de fiscalização específico para a apurar a conduta da Equatorial na ocorrência”, disse a agência, destacando que verificará a efetividade das ações para retomada do sistema e o atendimento.
A Equatorial informou que o fornecimento em Teresina foi completamente normalizado no dia 3, afirmou a Aneel.
A Equatorial controla a distribuição de energia no Piauí desde meados de 2018, após ter comprado a concessionária local junto à estatal Eletrobras em um leilão de privatização.
Em nota, a empresa confirmou que recebeu nesta terça um ofício da Aneel pedindo informações para subsidiar a fiscalização sobre a contingência iniciada no dia 31 de dezembro.
A distribuidora informou ainda prestará todos os esclarecimentos e informações solicitadas pelo regulador.
A Aneel também já abriu fiscalização para apurar responsabilidades pelo blecaute do Amapá. A falha teve início após a explosão em uma subestação de energia que danificou transformadores.