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    Apesar de incertezas, BC prevê melhora na rentabilidade dos bancos em 2021

    Anna Russi, , da CNN Brasil, em Brasília

    O Banco Central (BC) espera uma melhora da rentabilidade dos bancos em 2021, apesar do aumento de incertezas trazidos pela persistência da pandemia. A autoridade monetária conta, especialmente, com o estoque atual de provisões e com a retomada econômica para a recuperação da rentabilidade este ano. 

    As informações são do Relatório de Economia Bancária, divulgado nesta segunda-feira (7). “O reforço de provisões realizado em 2020 reduz a necessidade de novas provisões em montantes relevantes e a retomada da atividade econômica contribui para o crescimento e a qualidade do crédito, além de favorecer a demanda por serviços bancários”, diz o documento. 

     

    Ainda assim, o BC admite que a pandemia segue como principal risco para que essa melhora aconteça, uma vez que pode atrasar a retomada da economia e exigir novas provisões para perdas com crédito. 

    Segundo o BC, em 2020, a pandemia foi a responsável por interromper a melhora da rentabilidade do setor bancário, que vinha ocorrendo desde o fim da crise de 2015 e 2016. No último mês do ano passado, o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) do sistema foi de 11,5%, o menor da série histórica.

    “A queda da rentabilidade foi generalizada, afetando bancos de diferentes tipos de controle, porte e segmento de atividade. As despesas com provisões aumentaram, as margens ficaram pressionadas e as receitas com serviços sofreram com a queda da atividade econômica”, destaca ao reforçar que o aumento das despesas com provisões para perdas com crédito foi o principal responsável pela queda da rentabilidade. 

    Grandes concentram crédito 

    O BC também revelou que, os cinco maiores bancos do país concentraram 81,8% dos empréstimos em 2020. O percentual é menor que os 83,7% registrados no ano anterior. Essas instituições financeiras são: Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander. 

    Ainda de acordo com o BC, entre 2018 e 2020, houve redução das participações dos principais bancos públicos federais (Banco do Brasil, Caixa e BNDES).

    “A redução da participação dos principais bancos públicos se deu, em parte, vis-à-vis o aumento da participação de instituições que não se encontram entre as cinco maiores instituições, o que contribui para o incremento das condições concorrenciais quando se considera exclusivamente os índices de concentração”. 

    A participação da Caixa e do Banco do Brasil no crédito para as famílias caiu de 45,5% para 44,4% em 2020. Em 2018, o percentual era de 48,2%. Ainda assim, os dois bancos são os que mais emprestam para pessoas físicas entre as cinco maiores instituições do país.

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