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    Apenas 8% da indústria conseguiu navegar sozinha desde a pandemia, diz CNI

    Cerca de 56% das empresas recorreram às medidas anunciadas pelo governo federal para socorrer o setor privado

    Funcionário em fábrica da Ford: Cerca de 56% das empresas recorreram às medidas anunciadas pelo governo federal para socorrer o setor privado
    Funcionário em fábrica da Ford: Cerca de 56% das empresas recorreram às medidas anunciadas pelo governo federal para socorrer o setor privado Foto: Nacho Doce/Reuters

    Thais Herédiada CNN

    O choque provocado pela crise do novo coronavírus na atividade industrial brasileira foi tão forte que apenas 8% das empresas conseguiram navegar sozinhas desde o início da pandemia. É o que mostra um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre o impacto da paralisação da atividade econômica desde meados de março. 

    Pelo recorte obtido com exclusividade pela coluna, 49% das empresas pesquisadas precisaram recorrer a pelo menos 3 dos 5 programas de auxílio a gestão apresentados aos executivos na pesquisa. Dois são de responsabilidade das companhias, como redução de custo operacional, que foi feita por 80% das empresas, e a renegociação com fornecedores, realizada em 53% dos negócios. 

    Mais da metade das empresas, 56%, recorreram às medidas anunciadas pelo governo federal para socorrer o setor privado. E 26% delas aderiram aos programas oferecidos pelos estados. Para 33%, foi necessário recorrer aos bancos comerciais para contratar crédito novo, ou renegociar dívidas. 

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    Mesmo com todo este arsenal, 22% das empresas só têm condições de manter as atividades por mais um mês e 45% aguentam segurar o negócio funcionando mais 3 meses. O levantamento revela o que já era esperado diante da intensidade da crise. Para 82% das empresas houve perda no faturamento nos últimos 45 dias. 

    Há resiliência num cenário tão sombrio, já que 66% das indústrias conseguiram manter seus quadros de funcionários, sem demissão. A adesão à suspensão de contratos atingiu apenas 22% dos negócios, já a redução da jornada aconteceu em 39% deles.

    Entre as empresas que não puderam segurar seus empregados, 78% afirmam que voltarão a contratar assim que a situação melhorar. 

    O otimismo com o futuro tem exigido esforço para acreditar que a economia voltará a crescer e irá recolocar as atividades de volta ao trilho. Para os próximos três anos, 44% dos executivos entrevistados para a pesquisa esperam expansão do PIB. Isto se dará diante de uma nova realidade, em que medidas de segurança contra o contágio do coronavírus, como uso das máscaras e distanciamento entre as pessoas, deverão ser adotadas por 96% das empresas. 

    O levantamento foi encomendado ao Instituto FSB Pesquisa, que ouviu 1017 executivos, entre 15 a 25 de maio, em todas as regiões do país. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.

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