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    Americanas se compromete com sindicatos e MPT a não realizar demissões em massa

    Foi acordado que não haverá grandes desligamentos até a apresentação do plano de recuperação judicial da varejista, em 20 de março

    Carolina FigueiredoFabrício Juliãoda CNN , em São Paulo

    A Americanas se comprometeu a não realizar nenhuma grande demissão até a apresentação do plano de recuperação judicial em 20 de março, informou o Ministério Público do Trabalho nesta terça-feira (14).

    De acordo com o MPT, a empresa concordou com o acordo em reunião feita na sexta-feira (10). Todas as rescisões contratuais serão submetidas à homologação nos sindicatos, proposta que havia sido pedida pelas entidades.

    À CNN, a Americanas confirmou o compromisso e disse que não iniciou nenhum processo de demissão em massa de funcionários e segue com o curso normal de suas operações.

    “A Americanas atua nesse momento na condução de seu processo de recuperação judicial, que tem o objetivo de garantir a continuidade das atividades da empresa, incluindo o pagamento dos salários e benefícios de seus funcionários em dia”, afirmou a companhia.

    “O plano de recuperação definirá quais serão as ações da companhia para os próximos meses e será amplamente divulgado assim que estiver finalizado”, garantiu.

    O compromisso firmado entre a varejista e o Ministério Público do Trabalho é decorrente de uma medição instaurada pelo MP.

    No início deste mês, o MPT instaurou o procedimento de mediação após entidades sindicais buscarem o órgão e estimaram que até 40 mil trabalhadores poderiam ser demitidos.

    Os sindicatos pediram que o plano de reestruturação trabalhista da varejista seja apresentado às entidades previamente, além de reforçar o pedido para que eventuais demissões sejam sempre homologadas pelos sindicatos.

    O Sindicado dos Comerciários do Rio de Janeiro disse à CNN que, após a reunião de sexta que definiu o compromisso contra as demissões em massa, uma nova sessão ordinária telepresencial ficou agendada para o dia 27 de março, às 14h, para a discussão dos impactos do plano de recuperação judicial.

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