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    Alta da inflação é ‘remédio amargo’ causado pela pandemia, diz economista

    À CNN Rádio, Renato Veloni analisou o IPCA-15, que ficou em 0,72% em julho, maior alta para o mês desde 2004

    Moedas de real. 15/10/2010.
    Moedas de real. 15/10/2010. Foto: REUTERS/Bruno Domingos

    Amanda Garcia, da CNN Brasil, em São Paulo

    O economista e professor de macroeconomia do Ibmec de São Paulo, Renato Veloni, afirmou que o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), que é a prévia da inflação, divulgado nesta sexta-feira (23), veio “mais alto” do que a expectativa. O índice ficou em 0,72%, contra a previsão de 0,65%.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele avalia que a alta não é exatamente novidade, já que “a cada compra, o consumidor sente” a pressão sobre os preços.

    “É o problema econômico da vez. Isso acontece porque é um remédio amargo na época da pandemia, diante da crise gigantesca do ano passado. O remédio para lidar com ela foi injetar muito dinheiro na economia. É bom para o período crítico.”

    No entanto, o economista diz que, uma vez que a crise perde tração, “o mercado convive com nível de dinheiro maior, e os preços se elevam”.

    O acúmulo do índice é de 8,59% nos últimos 12 meses, acima da meta da inflação deste ano. Fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o centro da meta é de 3,75%. No entanto, a margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo permite que o índice varie de 2,25% a 5,25%. 

    Para o professor, algo precisa ser feito, e a medida mais imediata é a elevação dos juros. “Os juros mais altos tornam a vida de pessoas e empresários mais difíceis, com crédito mais complicado. Mais uma vez falo em remédio amargo, mas necessário.”