Allianz conclui compra de parte da SulAmérica e dobra de tamanho no país
Grupo alemão adquiriu as carteiras de automóveis e de elementares da concorrente, por R$ 3,18 bilhões
O grupo alemão Allianz concluiu a compra do ramos de seguros de automóveis e de ramos elementares da SulAmérica por R$ 3,18 bilhões e se disse pronto para avaliar mais oportunidades no Brasil e na América Latina.
Com a conclusão do negócio anunciado em agosto do ano passado, a Allianz dobra de tamanho no país, tornando-se vice-líder em autos e terceira maior em ramos elementares, produtos que indenizam por perdas, danos ou responsabilidade sobre objetos ou pessoas.
Além disso, o Brasil passa a ser responsável por cerca de 70% dos negócios do grupo na América Latina, região que representa 8% dos negócios globais da Allianz.
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Segundo Javier Bernat, presidente-executivo da Allianz para América Latina, o negócio coloca a seguradora numa condição de aproveitar melhor as sinergias num período de maior pressão por melhores resultados operacionais, já que a queda do juro no país para mínimas recordes tem diminuído as receitas das seguradoras com receitas financeiras.
“Nós já temos feito bem, crescendo mesmo com os efeitos da pandemia”, disse Bernat à Reuters. “Mas podemos incluir mais serviços, como assistência técnica, para ampliar nossas receitas”.
A Allianz teve receita de R$ 1,447 bilhão no segmento de ramos elementares no Brasil de janeiro a maio, alta de 8,3% ante mesma etapa de 2019, enquanto em autos o avanço foi de 12,8%, ao passado que o mercado como um todo queda de 0,4% e de 7,5%, respectivamente, segundo dados da Susep.
Segundo a Sul América, o resultado da operação vai constar de suas demonstrações financeiras do segundo trimestre de 2020.
Bernat disse que a Allianz avaliará oportunidades que surgirem para consolidação do setor no Brasil e na América Latina. “Se tiver oportunidades, aproveitaremos”, disse.
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