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    Ações de empresas de maconha disparam após início de transição de Biden nos EUA

    No início deste mês, eleitores no Arizona, Montana, Nova Jersey e Dakota do Sul liberaram o uso de cannabis para adultos

    Jordan Valinsky, , do CNN Business, em Nova York

    Ações de grandes empresas de cannabis voltaram a subir nos Estados Unidos após a notícia de que a transição para o governo de Joe Biden começou formalmente. O aumento é alimentado por expectativas de que o próximo governo afrouxará as regulamentações, assim como mais estados dos EUA devem legalizar a venda de maconha para uso recreativo.

    Nesta semana, a Canopy Growth teve alta de 13,3%, a Aurora Cannabis subiu 20,9% e a Tilray saltou 1,5%. Outros negócios de cannabis que se valorizaram incluem os líderes globais de cannabis Curaleaf (13,9%), Aphria (13,46%) e Cronos (9,3%) – esta tem um grande investimento da gigante do tabaco e proprietária da marca Marlboro, a Altria. 

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    No início deste mês, eleitores no Arizona, Montana, Nova Jersey e Dakota do Sul liberaram o uso de cannabis para adultos, elevando para 15 o número de estados que já tomaram essa decisão.

    Os executivos do setor declararam publicamente sua felicidade com o resultado da eleição. O CEO da Canopy, que tem o apoio financeiro da proprietária da cerveja Corona, a Constellation Brands , foi particularmente otimista sobre o que as mudanças no cenário político podem significar para o setor.

    “Acreditamos que a vitória de Biden é um passo importante no caminho para a liberação da cannabis no mercado dos EUA por meio da descriminalização e da reclassificação [do uso da cannabis]”, afirmou o CEO da Canopy, David Klein, em uma recente teleconferência com analistas.

    “Os resultados das iniciativas eleitorais mostram claramente que o apoio à legalização da maconha para uso adulto se estende por fronteiras geográficas e partidárias e é apoiado pela maioria dos norte-americanos. A maconha legal está se tornando a norma americana”, acrescentou.

    “Isso provavelmente aumentará a pressão sobre o Congresso para aprovar uma grande reforma federal sobre a maconha em um futuro muito próximo”. 

    Apesar do otimismo, o setor enfrenta obstáculos no nível federal, especialmente se os republicanos mantiverem sua maioria no Senado após o segundo turno no estado da Geórgia em janeiro.

    Um Senado liderado pelo republicano Mitch McConnell tenderá a manter as medidas legislativas de restrição à maconha, mesmo sob o governo Biden.

    “Mitch McConnell só sabe dizer não”, comentou John Hudak, especialista em políticas de cannabis e vice-diretor da Brookings Institution. “Isso é algo que [ele] não gosta. Ele não vê os benefícios políticos”.

    A posição é ruim para o setor, já que os líderes dizem que há urgência em abordar as principais lacunas regulatórias para empresas que operam dentro de sistemas jurídicos estaduais, enquanto o comércio do produto permanece ilegal a nível federal.

    Os executivos da cannabis lembram que não podem obter financiamento tradicional porque estão sujeitos a uma lei tributária da década de 1980 elaborada para punir traficantes de drogas. Dizem ainda que têm dificuldade em segurar suas empresas e que não se qualificam para ajuda federal em casos de desastres.

    Paul R. La Monica e Alicia Wallace do CNN Business contribuíram para este relatório

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês)

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