Ações da CSN disparam com recomendação do Credit Suisse de compra dos papéis
Especialistas reajustaram o preço-alvo para os papéis de R$ 11,50 para R$ 19 em 12 meses. Ontem, eles fecharam em R$ 15,32
As ações da siderúrgica CSN disparam mais de 8% nesta quarta-feira (30), depois que analistas do Credit Suisse recomendaram a compra dos papéis. “Mesmo assim, a nossa favorita do setor continua sendo a Vale, por causa do valuation“, escrevem em relatório.
A mudança de neutro para “outperform” se baseou não apenas nos fundamentos da companhia, mas também no momento macroeconômico mundial. Indícios de recuperação da economia chinesa aliada à queda da produção do minério de ferro — principalmente no Brasil — levaram Caio Ribeiro e Gabriel Galvão a estimar o preço da commodity em US$ 105 a tonelada em 2021.
Com isso, os especialistas reajustaram o preço-alvo para as ações da CSN de R$ 11,50 para R$ 19 em 12 meses. Ontem, elas fecharam em R$ 15,32.
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“A recuperação geral na demanda de aço foi rápida, e nos levou a aumentar nossas expectativas de volume para 2020 para uma queda de 4% ao ano (ante um recuo de 12% previsto anteriormente).”
Ribeiro e Galvão também enxergam oportunidades para desalavancar a companhia. A potencial abertura de capital da divisão de mineração da CSN e a possível venda ou o desinvestimento da participação de cerca de 17% no capital da Usiminas poderiam reduzir a alavancagem.
“Além disso, clientes têm mencionado dificuldades crescentes em obter aço das siderúrgicas para os próximos meses, sugerindo que o mercado está muito demandado. Também incorporamos em nossos números os aumentos de preços anunciados para setembro e outubro de cerca de 10% e 13%, respectivamente, e acreditamos que as atuais condições de mercado podem abrir espaço para novos aumentos (dada a paridade de importação com desconto)”, escrevem.
A expectativa é que o Ebitda consolidado atinja cerca de R$ 10,5 bilhões em 2020 (ante R$ 7,2 bilhões em 2019) e R$ 12 bilhões em 2021.
Entre os riscos para essa análise, estão preços mais baixos do aço, apreciação do real, menor demanda de aço e mudanças nas tarifas de importação.
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