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    A bolsa cresce enquanto a economia sofre: é hora de investir?

    O Ibovespa segue com tendência de alta apesar dos dados negativos do PIB. Então, é hora de entrar na bolsa ou estamos observando mais uma bolha se formar?

    O que eu faço?: CNN tem podcast para tirar dúvidas sobre investimentos em tempos de crise
    O que eu faço?: CNN tem podcast para tirar dúvidas sobre investimentos em tempos de crise Foto: Divulgação

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Mais uma vez, o otimismo voltou ao mercado financeiro. Há investidores fazendo contagem regressiva para que a bolsa volte ao patamar dos 100.000 pontos, após a queda para os 60.000 pontos durante o mês de março e abril. Esse fato, no entanto, está rendendo até piadas na internet.

    Afinal, a euforia vista no mercado financeiro está totalmente descolada da economia real – o Boletim Focus, que reúne as previsões dos principais especialistas no tema no Brasil, por exemplo, acredita que a queda no PIB será de 6,5% em 2020.

    Mesmo assim, o Ibovespa segue em tendência de alta. Tendo isso em vista é hora de entrar na bolsa ou estamos observando mais uma bolha se formar? Na opinão de André Rosenblit, diretor da Santander Corretora, a alta faz sentido e não há motivos suficientes que façam uma nova queda brutal.

    “Os mercados de bolsa antecipam o movimento da economia e os dois não andam de mãos juntas”, diz Rosenblit. “Eu até gosto de uma frase que os mercados de alta nascem no pessimismo, crescem no ceticismo, maturam no otimismo e morrem na euforia e já está havendo essa separação.”

    Veja também:
    Confira aqui todos os episódios do “O que eu faço?”

    Entre os motivos que o especialista aponta para sustentar a sua opinião está a alta liquidez causada no mercado por causa dos pacotes de socorro dados por países ao redor do mundo. Somente nos EUA, o pacote pode chegar a ser equivalente a 25% do PIB.

    Soma-se a isso o fato de que as quedas de juros viraram uma regra em todo o mundo. Até mesmo no Brasil, que era acostumado a ter o destaque como um dos países com o maior juro de todo o mundo. Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa básica de juros, a Selic, para 2,25% ao ano.

    Esse tipo de decisão faz com que a renda fixa, que possui menos risco (e menor rentabilidade), fique pouco atrativa para os investidores. Logo, eles buscam por alternativas mais rentáveis na bolsa – especialmente ações de grandes empresas.

    “Mas é importante ficar atento com os fundamentos das empresas antes de investir”, diz Rosenblit. Dessa maneira, haverá menos surpresas no futuro, de acordo com o especialista. 

    Para entender mais, confira o novo episódio do podcast “O que eu faço?”, apresentado por Fernando Nakagawa e Luciana Barreto. 

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