Reunião com governadores terá pedido de auxílio de R$ 600 e ajuda aos estados
A expectativa é que a reunião seja carregada de pedidos dos governadores, com foco em um novo auxílio emergencial de R$ 600
Após o governo ter estabelecido um comitê de crise contra a Covid-19 após um ano de pandemia no Brasil, deve acontecer nesta sexta-feira (26) o primeiro encontro entre governadores e o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG), após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) delegar a função.
A expectativa é que a reunião seja carregada de pedidos dos governadores, com foco em um novo auxílio emergencial de R$ 600 e um pacote de ajuda econômica aos estados. As informações são das jornalistas da CNN Daniela Lima, Renata Agostini e Tainá Falcão.
Os governadores do Nordeste estão decididos a levar o pedido para um auxílio emergencial de R$ 600 ao Congresso, uma vez que a carestia nas regiões mais pobres destes estados está “enorme”, com pessoas passando fome.
Governadores da região dizem que, por conta disso, não têm como pedir para que as pessoas fiquem em casa, considerada a única forma de tentar dar alívio ao sistema de saúde.
Os líderes do Nordeste também dizem que o valor do auxílio de R$ 150 proposto pelo governo é muito pouco.
Auxílio para os estados
Outro pedido que será feito durante a reunião é de uma nova rodada de auxílio financeiro para os estados. Porém, a questão enfrenta resistência na equipe econômica, que afirma não existir fonte para financiar o pedido.
Fontes disseram que não há diálogo direto com equipe econômica porque o governo acompanha os números e vê que há estados que ainda não estão em situação difícil. Um governador também disse que alguns estados se beneficiaram com o auxílio emergencial no ano passado e que, por isso, a abertura da frente de negociação não é consenso.
Ajuda na saúde
Para além dos pedidos de caráter econômico, há um esforço para que o governo ajude estados na questão do fornecimento de material para a área de saúde.
Quem lidera esta frente é o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que levará uma lista de reivindicações em nome do estado, como prioridade no apoio do governo para garantir kits de intubação.
Ele também irá falar sobre aumentar a disponibilidade de vacinas com a intermediação de parceiros e organismos internacionais.
Leite também vai advogar por uma estratégia nacional para alinhar discurso sobre medidas de distanciamento social. Ele disse que quer “fazer com que o governo deixe de bater nas restrições” e convencer Pacheco a levar esse recado a Bolsonaro.