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    Sócios da boate Kiss, músico e produtor de banda são condenados

    Habeas corpus concedido a um dos réus pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) impede o cumprimento imediato das penas

    Douglas PortoBruna Ostermannda CNN , em São Paulo e Porto Alegre

    Os sócios da boate Kiss, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha Leão foram condenados, nesta sexta-feira (10), no julgamento da tragédia que aconteceu em 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

    Veja as penas: 

    • Elissandro Callegaro Spohr: 22 anos e 6 meses de reclusão
    • Mauro Londero Hoffmann: 19 anos e 6 meses de reclusão
    • Marcelo de Jesus dos Santos: 18 anos de reclusão
    • Luciano Bonilha Leão: 18 anos de reclusão

    As condenações valeriam a partir de seu anúncio, entretanto, um habeas corpus preventivo concedido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) a um dos réus impede o cumprimento imediato das penas.

    “Eu mantenho inteiramente a minha decisão. Entretanto, acrescento ao final, tendo em vista a comunicação de concessão de habeas corpus preventivo em favor dos réus, suspendo a execução da decisão que proferi. E não obstante o habeas corpus a apenas um dos acusados, parece intuitiva a necessidade de estender a todos”, determinou o juiz Orlando Faccini Neto.

    O desastre, que matou 242 pessoas e deixou 636 feridas, começou no palco, onde se apresentava a banda Gurizada Fandangueira, após um show pirotécnico. As chamas logo se alastraram, provocando muita fumaça tóxica. Um dos integrantes disparou um artefato pirotécnico, atingindo parte do teto do prédio, que pegou fogo.

    Relembre a tragédia da boate Kiss em fotos

    [cnn_galeria active=”false” id_galeria=”586329″ title_galeria=”Incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), em 2013″/]

    A boate possuía apenas uma porta de saída desobstruída. Bombeiros e populares tentavam abrir passagens quebrando os muros da casa, mas a demora no socorro acabou sendo trágica para os frequentadores.

    A maior das vítimas parte acabou morrendo pela inalação de fumaça tóxica, do isolamento acústico do teto, formado por uma espuma inflamável, incompatível com as normas de segurança.

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