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    Victor Irajá
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    Victor Irajá

    Com passagens por Estadão e rádio CBN, foi editor do Radar Econômico, da revista Veja. É especializado em Economia pela FGV e pelo Insper

    Após saída de Prates, cargos da Petrobras passam por mudanças

    Segundo fontes, desde a mudança na presidência da empresa já foram desligadas cerca de 50 pessoas

    A demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras desencadeou trocas em cargos de direção da estatal. Desde então, já foram desligadas cerca de 50 pessoas da estatal, segundo fontes da empresa.

    As substituições podem atingir o diretor de Governança e Conformidade da estatal, Mario Spinelli. O executivo tem mandato de dois anos, com fim apenas em abril do ano que vem.

    O movimento, segundo membros do Conselho de Administração, acarretaria num sinal de enfraquecimento dos processos de compliance da Petrobras.

    Segundo fontes da estatal, essas mudanças internas teriam influência de ministros, como Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e Rui Costa, da Casa Civil.

    O diretor de Governança Mario Spinelli é próximo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que defendia a manutenção de Jean Paul Prates no comando da petroleira.

    Um caso que impulsionou a insatisfação em relação ao trabalho de Mario Spinelli envolve vetos de um contrato para o fornecimento de fertilizantes entre a estatal e a empresa Unigel.

    Como publicou o analista Caio Junqueira, o contrato é apontado nos bastidores como um dos motivos de divergência entre o agora ex-presidente da Petrobras e os ministros.

    Funcionário de carreira, Spinelli foi secretário da Controladoria-Geral do Município na gestão de Haddad à frente da prefeitura de São Paulo. Aliados de Silveira negam que haja qualquer movimento para retirar Spinelli do posto.

    Em nota à CNN, a Petrobras informou que foram demitidos os profissionais que tinham contratos de trabalho vinculados ao mandato de Jean Paul Prates, sendo 20 assessores/consultores.

    Procurada, assessoria do Ministério de Minas e Energia negou que haja qualquer articulação neste sentido. A assessoria do ministro Rui Costa, da Casa Civil, informou que não irá se pronunciar.