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    Thais Herédia
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    Thais Herédia

    Passou pelos principais canais de jornalismo do país. Foi assessora de imprensa do Banco Central e do Grupo Carrefour. Eleita em 2023 a Jornalista Mais Admirada na categoria Economia do Jornalistas & Cia.

    Análise: Lula assume controle sobre Petrobras e deve provocar perdas bilionárias à companhia

    Reação dos investidores à demissão repentina de Jean Paul Prates será o primeiro recado do mercado à decisão

    A queda das ações da Petrobras negociadas na bolsa de Nova York, de 7%, foi apenas um aperitivo do que deve acontecer com os papéis aqui no Brasil logo na abertura dos mercados nesta quarta-feira.

    A reação dos investidores à demissão repentina de Jean Paul Prates será o primeiro recado do mercado à decisão do presidente Lula.

    Os bastidores da demissão, reveladas pelo Caio Junqueira, confirmam que Prates caiu pelas forças políticas do Centrão e do PT no Palácio do Planalto.

    Alexandre Silveira e Rui Costa, ministros de Minas e Energia e Casa Civil, estavam na sala e viram de camarote a dispensa do agora ex-presidente da Petrobras.

    Não é possível alegar surpresa com o movimento de Lula já que ele sempre deixou claro o que queria fazer com a petrolífera.

    O plano começou a dar certo quando o então ministro da STF, Ricardo Lewandowski, suspendeu a Lei das Estatais, abrindo a porteira para a entrada de políticos no núcleo de gestão da Petrobras.

    Além dessa, a outra corrosão das blindagens adotadas em 2016 se deu na alteração do estatuto da empresa para permitir virada nos investimentos para tudo que já deu errado no passado.

    Agora, com a queda de Prates e a indicação de Magda Chambriard, confirmada pela própria companhia, arremata a conquista de Lula pelo comando total da Petrobras.

    Chambriard é próxima de Graça Foster, que foi presidente da estatal durante governo Dilma Rousseff, ou seja, o grupo mais coeso na visão de que a Petrobras é do governo e não precisa dar lucro, deve ser o veículo de atuação do plano do presidente da República.

    Lula acaba de fincar a bandeira do PT e de sua agenda na Petrobras. E deve promover uma sangria no caixa da companhia, por enquanto, com poucas chances de reversão no curto prazo.