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    Thais Herédia
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    Thais Herédia

    Passou pelos principais canais de jornalismo do país. Foi assessora de imprensa do Banco Central e do Grupo Carrefour. Eleita em 2023 a Jornalista Mais Admirada na categoria Economia do Jornalistas & Cia.

    Petistas mais radicais não querem Galípolo na presidência do BC, dizem fontes

    Debate sobre escolha do novo presidente está antecipada e aumenta pressão sobre o presidente Lula

    A pressão pela escolha do novo presidente do BC já começou. O nome mais cotado para assumir a cadeira de Roberto Campos Neto é Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC, indicado por Lula depois de ter passado pela secretaria executiva da Fazenda no início do governo.

    Fontes próximas à Presidência da República disseram à CNN que a ala mais radical do PT tem atuado junto a Lula porque não quer que Galípolo seja o escolhido. Os petistas justificam pelo o que avaliariam comi “traição” na atuação dele no Copom.

    Galípolo estaria concordando demais com Campos Neto, sem assumir o antagonismo esperado nas decisões sobre os juros, segundo esses petistas. O que seria uma “prova” de que ele não “serve” para ser presidente do BC.

    O mandato de Roberto Campos Neto só termina em 31 de dezembro deste ano e a substituição dele gera preocupação sobre a credibilidade do BC a partir de janeiro de 2025.

    A antecipação do debate aumenta pressão sobre o presidente. A avaliação hoje é que Lula vai indicar quem ele conheça melhor e esteja mais próximo dele, como foi o caso das indicações recentes para o STF.

    A alusão é feita com a escolha de Henrique Meirelles para presidência do BC no primeiro mandato do petista, em 2003.

    Na época, se dizia que o banqueiro foi uma opção apolítica. Dessa vez deve ser diferente, mas há o risco de um nome que aceite o alinhamento ideológico do PT na condução da política monetária.

    Há quem ainda aposte no pragmatismo de Lula, vide os indicados para as diretorias do Banco Central no ano passado, nenhuma delas com caráter político.

    Mas isso não vai blindar o presidente da pressão de seu partido e suas vozes mais atuantes na defesa do intervencionismo na economia.

    Em 2002, durante a transição do governo FHC, Antonio Palocci queria que Armínio Fraga permanecesse no BC. Palocci, que já atuava como futuro ministro da Fazenda, quase convenceu Lula.

    Quem acabou com a tentativa foi José Dirceu, à época o nome mais forte do PT e do futuro governo. A dúvida hoje é quem seria o José Dirceu deste terceiro mandato. Ou o Palocci.