Haddad recebe apoio dos maiores banqueiros do país
Reunião marcada há 10 dias vai acontecer em São Paulo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai receber os maiores banqueiros do país num encontro fechado nesta sexta-feira (14), em São Paulo.
Marcada há 10 dias, a reunião ganhou outra dimensão depois da sequência de crises e derrotas enfrentadas pelo ministro da Fazenda nos últimos dias.
Entre elas, a reação do mercado ao que Haddad chamou de “vazamento de informações falsas” depois de um encontro com cerca de 20 executivos de bancos e gestoras.
“Acho importante nesse momento explicitar de forma clara apoio ao ministro Fernando Haddad, que tem demonstrado compromisso com a busca da sustentabilidade fiscal”, disse à CNN o presidente da Febraban, Isaac Sidney, que estará no encontro desta sexta-feira.
Haddad termina a semana colhendo suporte público do presidente Lula, que chamou Haddad de “extraordinário” em viagem à Europa, e agora dos banqueiros privados, mesmo que nada seja dito depois da reunião.
Além do presidente da Febraban, a lista de convidados do encontro tem os executivos dos quatro maiores bancos privados que atuam no Brasil. Luiz Trabuco e Marcelo Noronha do Bradesco, André Esteves do BTG Pactual, Milton Maluhy do Itaú Unibanco e Mário Leão, do Santander.
Leão estava presente na reunião com Haddad que provocou ruídos e boatos no mercado. As informações vazadas por participantes descreveram um ministro sem apoio no governo e sob risco de derrota na condução da política fiscal. Uma análise que foi corroborada logo depois com a edição da MP do PIS/Cofins.
O saldo pode até ser de algum alívio, mas ainda muito frágil. Enquanto os investidores reagem provocando alta do dólar e dos juros, e queda da bolsa, os empresários do setor produtivo declararam até ruptura com governo Lula depois da publicação da medida que limitou a compensação de impostos federais.
Para executivos ouvidos pela CNN nos últimos dias, a reconstrução de pontes queimadas nas últimas semanas exige a demonstração inequívoca de que a agenda do governo mudou para valer na condução das contas públicas.