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    Thais Herédia
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    Thais Herédia

    Passou pelos principais canais de jornalismo do país. Foi assessora de imprensa do Banco Central e do Grupo Carrefour. Eleita em 2023 a Jornalista Mais Admirada na categoria Economia do Jornalistas & Cia.

    Com investimento de mineradora australiana, Brasil se consolida no setor de minerais críticos, diz CEO da Sigma Lithium

    A empresa Pilbara Minerals vai operar projeto de lítio em MG

    A mineradora australiana Pilbara Minerals anunciou a compra de um projeto de lítio em rocha dura em Salinas, Minas Gerais. O valor da transação é de cerca de US$ 370 milhões com a também australiana e rival, Latin Resources.

    Segundo executivos da companhia, a atuação no Brasil vai aumentar em 20% seus recursos minerais, com potencial de se transformar em uma das dez maiores operações de lítio em rocha dura no mundo. O lítio é ingrediente-chave na fabricação de baterias.

    Além da transação entre as mineradoras australianas, há previsão de investimento de US$ 400 milhões nos próximos três anos.

    A planta comprada pela Pilbara é vizinha das minas operadas pela brasileira Sigma Lithium, na região do Vale do Jequitinhonha, norte mineiro. Em entrevista exclusiva à CNN, a co-fundadora e CEO da empresa, Ana Cabral, comemorou o anúncio da concorrente australiana.

    “A transação é incrivelmente boa para o Brasil, para o setor de materiais críticos minerais. A Pilbara é a segunda maior do mundo e agora entra aqui. Um investimento da nossa maior concorrente mostra nossa maturidade operacional e a consolidação do setor. E coloca o Brasil no mapa da produção de lítio global”, disse Ana Cabral.

    A executiva diz que o setor de mineração no Brasil oferece hoje o que chamam de “santíssima trindade” para o investimento: baixo custo, larga escala e rastreabilidade operacional com padrões trabalhistas e ambientais. A aquisição da Pilbara é a primeira transação internacional da mineradora australiana.

    “Isso consolida o Vale do Lítio, nessa região do Vale do Jequitinhonha que era uma das mais pobres do país. E está só começando. A região é uma produtora sólida, com harmonia na relação entre o governo do estado e o governo federal, com segurança jurídica. E agora, é reforçado pelo segundo maior player global”, ressalta a executiva da Sigma Lithium.

    Segundo Ana Cabral, a melhora na segurança jurídica do setor está atraindo atenção do mundo. Ela alerta que a exigência ambiental é alta, mas isso melhora a qualidade da operação no Brasil, com repercussão internacional, transformando o país no “anfitrião do segundo e do quarto maiores complexos produtores de lítio do mundo”, diz.

    O preço do lítio no mercado internacional despencou no último ano, mas o potencial produtor no ocidente é promissor para atender ao mercado de baterias nos Estados Unidos e na Europa. No anúncio do investimento no Brasil, os executivos da Pilbara, essa estratégia foi destacada.

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