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    Thais Herédia
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    Thais Herédia

    Passou pelos principais canais de jornalismo do país. Foi assessora de imprensa do Banco Central e do Grupo Carrefour. Eleita em 2023 a Jornalista Mais Admirada na categoria Economia do Jornalistas & Cia.

    CNN Brasil Money

    Análise: escolha de Gleisi é derrota de Haddad e Galípolo

    Necessidade do governo de reconstruir pontes com o setor privado, empresários e também com mercado financeiro parece ter morrido na praia

    A escolha de Lula pela petista Gleisi Hoffmann para assumir a articulação política do governo é vitória da pauta petista e uma guinada mais à esquerda e uma derrota direta de Fernando Haddad e Gabriel Galípolo, no BC.

    Enquanto presidente do PT, mas muito próxima das decisões de governo nos dois primeiros anos, Gleisi atacou publicamente as medidas da Fazenda, inclusive a principal delas, o novo arcabouço fiscal. Ela também se aliou ao chefe da Casa Civil, Rui Costa, nas tentativas de desautorizar os acertos de Haddad com Lula, minando a força do ministro e fragilizando a implementação da política econômica do governo.

    A derrota se estende a Gabriel Galípolo, que assumiu a presidência do BC há dois meses. O economista é novo no circulo intimo de Lula, tendo se aproximado do petista durante a campanha eleitoral em 2022. Nos bastidores, Gleisi nunca escondeu sua irritação com Gallípolo que construiu muitas pontes que ela nunca conseguiu tanto com mercado financeiro quanto com o próprio Congresso Nacional.

    Enquanto Roberto Campos Neto estava na presidência do BC, Gleisi fazia coro com Lula no ataque pessoal ao economista, o culpando de todos os males do Brasil. Quando Galípolo assumiu, ela passou a tratá-lo como “vitima” das maldades do antecessor, alguém incapaz de tomar decisões com autonomia e competência.

    A necessidade do governo de reconstruir pontes com o setor privado, empresários e também com mercado financeiro parece ter morrido na praia com a chegada de Gleisi Hoffmann ao Palácio do Planalto. A agenda à esquerda venceu o debate na sala de Lula e coloca seu terceiro mandato numa rota de colisão com a racionalidade na condução do país.

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