Análise: controle de preços e imposto são sinônimos de fracassos econômicos
No menu do Palácio do Planalto apareceram medidas de controle de preços dos anos 80, quando o Brasil era um país sem moeda, sem capital e sem o agronegócio


Em pleno século XXI, ano de 2025, com economia digitalizada, forte pressão pela competitividade e necessidade de segurança para investimentos, o governo Lula discute medidas arcaicas para tentar baixar a inflação de alimentos, inimigo número um do terceiro mandato do petista.
No menu do Palácio do Planalto apareceram medidas de controle de preços dos anos 80, quando o Brasil era um país sem moeda, sem capital e sem o agronegócio, que hoje é o mais produtivo do mundo.
Lula poderia ligar para amiga de longa data, de quem foi apoiador declarado, a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner. Nos governos dela, a fórmula agora aventada pelo governo brasileiro foi um dos tantos equívocos da política excessivamente intervencionista dos mandatos da colega vizinha.
Além de consumir competitividade da agropecuária nacional e impor custos à produção com novo imposto, as ideias ultrapassadas que rondam o Planalto mandariam um sinal contundente para investidores e empresários: investir no Brasil é correr risco de presente e de futuro porque a regra básica de como a economia de mercado funciona pode mudar a qualquer momento.
Segundo fontes disseram a Daniel Rittner, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, avisou que pega seu banquinho e deixa o governo se as medidas heterodoxas prosperarem.
Há resistência também da pasta de Fernando Haddad e do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, onde está o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A inflação dos alimentos tem pressionado governos pelo mundo todo, se serve de consolo.
Mas um líder na produção de alimentos como Brasil abrir a fila com medidas ultrapassadas e ineficazes, revela despreparo e desespero para lidar com um problema que não tem solução fácil.
No caso brasileiro, a queda do dólar já ajudaria muito, descomprimindo efeito dos preços das commodities lá fora, que influenciam formação dos preços aqui dentro.
Para o dólar cair, precisamos da recuperação da confiança na condução da economia e da competência do governo federal para liderar o país de forma responsável e previsível.
Ao apostar no contrário, Lula não poderá colher nada diferente do que o fracasso.
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