Para garantir CCJ, PL avalia “rifar” bolsonarista e indicar nome considerado mais ponderado
Integrantes admitem que partido pode abrir mão de indicar deputada Caroline De Toni


Integrantes do PL já admitem que o partido pode abrir mão de indicar a deputada Caroline De Toni (PL-SC) para o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
A intenção do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro é acabar com o cabo de guerra em torno do comando do colegiado.
A indicação da parlamentar — considerada bolsonarista raiz — tem sido o principal argumento usado por líderes do centrão para tentar barrar o partido.
O governo também tem inflado o debate por entender que não há diálogo com a parlamentar.
Caroline De Toni, no entanto, era um acordo avalizado com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Apesar de ainda não ter um nome para substituí-la, líderes do centrão tentam emplacar a indicação do deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), que foi relator da Comissão de Orçamento (CMO) no ano passado.
O PL tem 99 deputados e, pelo regimento, tem direito a reivindicar o comando do colegiado. A regra para distribuição de comissões, no entanto, permite candidaturas avulsas e definição por voto, o que deixaria o PL em desvantagem contra uma eventual união de outros partidos.
O União Brasil, por exemplo, tem pressionado pela vaga, com a indicação prévia do deputado Arthur Maia, que já presidiu a CCJ em 2022 e comandou a CPMI do oito de janeiro.
Atualmente, a CCJ está sob comando do PT, por um acordo firmado com o PL no ano passado. O partido do ex-presidente Bolsonaro cedeu a prioridade de escolher o colegiado para assumir a relatoria da Comissão Mista de Orçamento (CMO). A costura, no entanto, previa que a CCJ ficasse com o partido de Bolsonaro em 2024.
Sem consenso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), postergou a decisão sobre o comando das comissões para esta semana.
O partido de Lira disputa o comando da Comissão Mista de Orçamento com União Brasil e PSD.