Lula fará última reunião ministerial no dia 19
Presidente receberá equipe para balanço do ano
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcou para o dia 19 de dezembro a última reunião ministerial do governo neste ano.
A reunião servirá para um balanço sobre as ações de cada ministério, como fez no ano passado.
Interlocutores afirmam que o presidente deve reiterar a necessidade de que ministros atuem em conjunto para melhorar a imagem do governo e propagar programas de além outras pastas.
A estratégia passa por investimentos e entregas nos próximos dois anos, que pavimentem caminho para a reeleição.
A preocupação de Lula com 2026 já está sendo debatida internamente no Planalto, onde ministros defendem que o presidente invista em uma reforma ministerial para amarrar aliados na disputa.
Apesar de cobrar apoio de partidos aliados, o presidente sabe que enfrentará dificuldades em atraí-los integralmente, diante de um adversário de direita.
Por isso, quer manter e atrair à Esplanada nomes que possam ajudá-lo a consolidar um apoio majoritário dentro dessas siglas.
A investida envolve abrir mais espaço a partidos do centrão que não se sentem inteiramente contemplados, atualmente, a exemplo do União Brasil e do PSD, preteridos pelo PT na disputa pela Câmara dos Deputados.
Na reunião ministerial do ano passado, o presidente elogiou a articulação política do Palácio do Planalto e pediu que ministros mantivessem foco na relação com o Congresso.
Na ocasião, Lula elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), pela aprovação da reforma tributária.
Desta vez, o presidente espera chegar ao encontro com o pacote fiscal do governo chancelado.
Só depois disso, inclusive, Lula deve receber líderes da Câmara e do Senado em encontros separados, no Palácio do Alvorada.
A última vez que o presidente esteve com lideranças do Congresso foi para apresentação das linhas gerais dos cortes de gastos, ainda em novembro.
Anteriormente, em março, o presidente recebeu deputados e, posteriormente, senadores para agradecer o apoio do Congresso no ano anterior.
Na época, o petista chegou a prometer que os encontros seriam frequentas, o que não aconteceu.