O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinaliza a interlocutores que a reforma ministerial será conduzida por ele mesmo, sem a mediação de outros ministros.

A sinalização é vista por parlamentares como um indicativo que a reforma pode atingir o Palácio do Planalto.

A cobiça de partidos do chamado Centrão é pela Secretaria de Relações Institucionais, de Alexandre Padilha.

A indicação ao cargo seria do líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL), amigo pessoal de Hugo Motta e nome próximo a Alcolumbre.

Nos bastidores, Bulhões tem sido chamado de líderes dos líderes. Foi desta forma que Padilha se referiu ao parlamentar em reunião com lideranças do Congresso para discutir a pauta do ano.

Na quarta-feira (12), Lula se reuniu, com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em um jantar fora da agenda.

Lula chegou a conversar a sós com os representantes do Legislativo.

A ausência do ministro Padilha levantou expectativas entre parlamentares de que Lula pode estar disposto a ceder a SRI a um partido aliado. Outros ministros estiveram no encontro, a exemplo de Rui Costa, da Casa Civil e da Fazenda, Fernando Haddad. Auxiliares de Padilha afirmam que, durante o jantar, o ministro recebia prefeitos que vieram à Brasília para um encontro capitaneado pelo governo.