Haddad e Padilha buscam saída para impasse com o Congresso
Prioridade do governo agora é agilizar a votação da regulamentação da reforma tributária
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebe nesta segunda-feira (22) o colega da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para um almoço, com o objetivo de discutir saídas para a pauta econômica em debate no Congresso Nacional.
No governo, há receio de que o mau humor do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) possa contaminar a relação com os demais líderes e dificultar a negociação sobre temas sensíveis.
A prioridade do governo, agora, é agilizar a votação da regulamentação da reforma tributária, que deve ser enviada ao Congresso nesta semana. Parlamentares da base avaliam que o prazo pode ser esticado para o segundo semestre.
A manutenção do Perse, programa de socorro ao setor de eventos também gera preocupação no entorno de Haddad. O relatório da deputada Renata Abreu (Podemos-SP) propõe um limite fixo de R$15 bilhões para o custo fiscal do benefício, mas não acatou a redução de 44 para 12 das atividades que podem usufruir da redução de tributos.
O ministro da Fazenda procurou líderes da Câmara para uma reunião sobre a proposta, que deve ir a plenário já nesta terça-feira (22). Alguns deles, do Centrão e do governo, devem se reunir no ministério nesta segunda-feira (22).
No Senado, a preocupação de Haddad é com a PEC do Quinquênio — a cada cinco anos, a proposta prevê adicional de 5% a profissionais do Ministério Público, advogados públicos, delegados da Polícia Federal e outros profissionais. O líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA) afirma que o benefício pode custar R$ 42 bilhões ao orçamento.