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    Tainá Falcão
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    Tainá Falcão

    Jornalista, poetisa, mulher nordestina, radicada em Brasília com passagem por SP. Curiosa. Bicho de TV. Informa sobre os bastidores do poder

    Brasil quer comissão de chanceleres para lidar com Venezuela

    Ideia é mediar diálogo entre aliados de Maduro e oposição

    A diplomacia brasileira negocia com o governo de Nicolás Maduro e com representantes da oposição, na Venezuela, a possibilidade de criar uma comissão formada pelos chanceleres de Brasil, México e Colômbia.

    A ideia é que o grupo – formado pelo brasileiro Mauro Vieira, pela mexicana Alicia Bárcena e pelo colombiano Luis Gilberto Murillo – possa intermediar discussões sobre o resultado eleitoral no país.

    À CNN, diplomatas brasileiros reconhecem que a oposição, neste momento, sinaliza abertura para uma saída negociada.

    Na avaliação desses diplomatas, ao agradecer ao Brasil pelos esforços em busca de uma solução para o impasse, Maria Corina Machado indica que há espaço para negociação.

    Por outro lado, o governo brasileiro ainda precisa negociar com Maduro, que diz ter vencido as eleições, mesmo sem apresentar as atas eleitorais, uma semana depois de encerrada a disputa.

    As conversas com o governo venezuelano incluem, também, militares altamente alinhados a Maduro. A cúpula das Forças Armadas no país afirmou “absotula lealdade” e “apoio incondicional” a Maduro.

    A Guarda Nacional, responsável pela ordem pública na Venezuela, atua contra as manifestações da oposição. Onze pessoas foram mortas e mais de mil estão presas.

    A CNN já havia informado que o Ministério das Relações Exteriores avalia a possibilidade de Mauro Vieira visitar a Venezuela. Fontes do Itamaraty consideram difícil o Brasil reconhecer Maduro como vencedor diante de uma checagem apenas pela Suprema Corte – estratégia de Maduro para obter reconhecimento.

    Para fontes do Itamaraty, o Brasil deve insistir na negociação com a Venezuela e evita dar algum tipo “ultimato” a Maduro, o que a diplomacia entende ser uma espécie de atropelo de uma saída pacífica para a crise política.

    Ao ser questionado sobre o assunto, em entrevista ao Bastidores CNN, o ex-chanceler e assessor internacional Celso Amorim desconversou e defendeu que o Brasil mantenha o diálogo com a Venezuela.

    Boric e Lula

    Sob pressão por uma postura mais contundente com a Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve conversar sobre o assunto com o presidente do Chile, Gabriel Boric.

    Para diplomatas envolvidos na missão, o Brasil dificilmente mudará de postura após essa conversa.

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