O nome de Michelle Bolsonaro está fora da lista de candidatos do PL à vaga de Sergio Moro caso o senador seja cassado na ação que começa a ser julgada hoje no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, disseram à CNN fontes da cúpula do partido.

A justificativa é simples: a ex-primeira dama não quer. Pessoas próximas a ela dizem que Michelle não vai mudar seu domicílio eleitoral por questões pessoais e até para evitar questionamentos da Justiça eleitoral. Se decidir tentar um cargo eletivo em 2026, será pelo Distrito Federal.

 

 

Além disso, o PL e a família Bolsonaro tem um compromisso com o ex-deputado Paulo Martins, que ficou em segundo lugar nas últimas eleições atrás de Moro. Ele é um dos responsáveis pela articulação dentro do PL pelo processo de cassação e deve ser o candidato do partido.

Nas demais agremiações, a disputa corre solta pela vaga que ainda não se abriu. No PT, são pré-candidatos a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e o líder na Câmara, Zeca Dirceu.

A deputada Rosângela Moro, do União Brasil, transferiu seu domicílio eleitoral de São Paulo para o Paraná. Já o PP quer lançar o ex-ministro Ricardo Barros.

O julgamento, que começa hoje, deve se estender por algumas sessões. Ambas as partes prometem concorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília.

Se Moro for condenado, fica inelegível até 2030 e eleições suplementares só devem ocorrer no ano que vem.