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    Raquel Landim
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    Raquel Landim

    Com passagens pelos principais jornais do país como repórter especial e colunista, recebeu o prêmio “Jornalista Econômico” de 2022 pela Ordem dos Economistas do Brasil

    Ausência de áudio impediu confrontar versões sobre aeroporto de Roma, diz PF

    Polícia Federal concluiu que houve injúria, mas descartou o indiciamento no caso

    A ausência de áudio nas gravações das câmeras de segurança do aeroporto de Roma, na Itália, impediu que a Polícia Federal (PF) confrontasse as diferentes versões sobre o que aconteceu no local durante o episódio da suposta agressão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua família.

    “As filmagens não provam de maneira cabal que Roberto Mantovani, Andreia Munarão e Alex Zanatta Bignotto proferiram ofensas ao ministro Alexandre de Moraes”, diz o relatório completo da PF ao qual à CNN teve acesso.

    “Tampouco demonstram que Alexandre Barci de Moraes (filho do ministro) dirigiu ofensas a Andreia, como alegado pelos investigados”, continua o documento.

    O relatório aponta que há muitas incongruências nos depoimentos dos envolvidos que não podem ser esclarecidas por ausência de som e impossibilidade de leitura labial pela baixa qualidade das imagens.

    As gravações apontam que a discussão começa com uma intervenção de Andreia, mas não é possível atestar se ela chama Moraes de “bandido, comprado e comunista” como afirmava a defesa do ministro.

    “Tampouco, contudo, fica comprovada a versão dos investigados de que havia uma multidão xingando o ministro” — isso não aparece no vídeo.

    Os policiais encontraram nos celulares de Roberto Mantovani mensagens pró-Jair Bolsonaro (PL) e questionamentos às urnas eletrônicas, mas sem qualquer relação com o fato. O relatório cita as mensagens, mas não faz menção à possibilidade de um atentado ao Estado Democrático de Direito.

    A única cena efetivamente comprovada na gravação é o tapa de Roberto Mantovani em Alexandre Barci de Moraes. “Portanto, os elementos informativos obtidos atestam, de modo suficiente, a materialidade e autoria do crime de injúria real, cometido por Roberto Mantovani”, diz o documento.

    O crime, no entanto, foi cometido no exterior e não há possibilidade de extradição, o que leva a PF a não recomendar o indiciamento. Agora, o Ministério Público deve se manifestar, pedindo ou não o arquivamento do caso.