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    Rita Mundim

    A comentarista de economia da CNN é especialista em Mercado de Capitais pela UFMG e em Ciências Contábeis pela FGV. Em 2024, ganhou o título de Influenciadora do Prêmio da Organização das Cooperativas Brasileiras.

    CNN Brasil Money

    Mundim: mercado teme Lula anunciar mais gastos sem origem dos recursos

    "Se a taxa de juros está alta e o dólar está bem acima do que deveria estar, a consequência dessas variáveis estarem nesse patamar é falta de responsabilidade fiscal do Brasil", explica colunista da CNN

     

    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fará na noite desta segunda-feira (24) um pronunciamento à nação.

    A nova comentarista de Economia da CNN, Rita Mundim, observou que, após a notícia de que Lula iria falar, “o mercado estressou”.

    “O medo do mercado é que seja um pronunciamento indicando mais gastos sem que haja origem para esses recursos”, avaliou Mundim ao CNN Arena.

    A comentarista vê com preocupação a postura do mandatário quanto ao cenário fiscal. Mais cedo, Lula disse que vai “salvar o país” através da microeconomia, e disse que o povo não deveria acreditar na “bobagem da macroeconomia”.

    Para Mundim, “se macroeconomia for bobagem, nós estamos com um problema”, uma vez que essas variáveis se comunicam com os problemas do dia a dia do País.

     

    “Se a taxa de juros está alta e o dólar está bem acima do que deveria estar, a consequência dessas variáveis estarem nesse patamar é falta de responsabilidade fiscal do Brasil”, explicou.

    A comentarista ainda analisou o cenário do mercado financeiro nesta semana.

    IPCA-15

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), usado como a prévia da inflação oficial, “é a batata quente” da semana para os investidores.

    Mundim alerta que o resultado de fevereiro “pode assustar”. A divulgação será na terça-feira (25).

    “Para a inflação de fevereiro, nós tivemos volta às aulas, e aí tem uma expectativa de alta em educação; em janeiro, o bônus de Itaipu mascarou inflação, então a energia vai voltar a fazer preço em fevereiro; tivemos reajuste do diesel da Petrobras; e a inflação dos alimentos que continua tirando o sono e dinheiro de quem vai ao mercado”, pontou a comentarista.

    Petrobras

    Ainda no radar dos investidores está a divulgação, na quarta-feira (26), dos resultados da Petrobras no consolidado de 2024.

    Mundim destacou que há expectativas por um “balanço bem mais fraco”, com expectativa de:

    • Menor geração de caixa, que possivelmente será 30% menor, segundo a comentarista;
    • Receita mais baixa, que possivelmente será 21% menor;
    • Lucro.

    “Na média, espera-se lucro de R$ 2 bilhões. Em uma ponta, temos a XP, que projeta R$ 800 milhões; enquanto na outra temos o Santander, mais otimista, com R$ 5 bilhões”, apontou Munim.

    “Vamos aguardar. O balanço sai só na quarta-feira, mas já está fazendo preço”, pontuou.

    Emprego

    Os dados do Caged e da PNAD também já fazem preço, uma vez que mostrarão, no final dessa semana, qual o cenário do mercado de trabalho brasileiro.

    “O que a gente tem visto desde novembro, de forma clara, é uma desaceleração da economia. Ela agora pode ser sentida em produção industrial, vendas ao varejo”, disse Mundim.

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