Mundim: EUA perdem mercado com tarifas, mas abrem porta para novos acordos
"Está havendo um rearranjo comercial no planeta em cima das tarifas impostas por Trump. É um momento de desafios, mas também de muitas oportunidades", afirmou a comentarista de economia ao CNN Arena
A China anunciou que espera crescer 5% neste ano e o governo do país prevê mais estímulos a sua economia pelo resultado. Apesar do temor global com as tarifas de Donald Trump, o movimento chinês traz otimismo para alguns setores do Brasil, que tem na segunda maior economia do mundo seu maior parceiro comercial.
Desse modo, Rita Mundim, comentarista de economia da CNN, observou que “enquanto os Estados Unidos perdem mercado por tarifas, eles abrem as portas para outros acordos acontecerem”.
“Isso que estamos assistindo, está havendo um rearranjo comercial no planeta em cima das tarifas impostas por Trump. Temos que entender como estamos nesse jogo e como vamos ficar. É um momento de desafios, mas também de muitas oportunidades”, afirmou Mundim ao CNN Arena.
A comentarista avaliou que sobretudo o agronegócio brasileiro terá pela frente “um jogo muito delicado”, mas que pode beneficia-lo. Já um parceiro próximo dos chineses, o setor pode crescer ainda mais sua presença na China com o buraco que os EUA podem acabar deixando por lá caso se afastem comercialmente.
Após levantar barreiras comerciais contra os produtos chineses, mexicanos e canadenses, os próximos passos da política comercial trumpista virão no começo de abril, quando o presidente dos EUA deve anunciar as tarifas recíprocas elaboradas por seu gabinete.
“Depois disso, nós vamos ter negociações e retaliações. Muita água vai rolar debaixo da ponte do comércio internacional. Trump, sentado na cadeira de presidente da maior economia do mundo, está renegociando tudo. E sempre defendendo os Estados Unidos”, concluiu Mundim.