Aliados de Jair Bolsonaro esperam ter afastado seu risco de prisão nos próximos meses após a divulgação de um áudio em que Mauro Cid diz ter sido forçado pela Polícia Federal a delatar o ex-presidente.

A avaliação no entorno político de Bolsonaro é que a delação do ex-ajudante de ordens pode ser anulada juridicamente e perde força política.

Eles tentam também desacreditar os depoimentos dos ex-comandantes das Forças Armadas, Marco Antonio Freire Gomes e Carlos Baptista Junior, expondo contradições.

Outro ponto a favor de Bolsonaro, na avaliação desses interlocutores, é a quantidade de pessoas que ele tem conseguido reunir nas ruas após o ato de desagravo na Avenida Paulista.

“Com apoio popular e a delação de Cid em reavaliação, o risco de prisão de Bolsonaro fica mais distante”, diz um aliado.

Integrantes da direita vem tentando se aproximar do Judiciário para acalmar os ânimos. O governador Tarcisio de Freitas estabeleceu um diálogo com os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Valdemar da Costa Neto também quer conversar.

Eles acreditam numa vitória importante da direita nas eleições municipais e apostam na queda da popularidade do governo Lula para angariar apoios.