Nathalia Arcuri critica ostentação dos mais ricos: “Virei a chata do rolê”
Influenciadora digital é a convidada da semana do No Lucro, da CNN Brasil
A influenciadora digital e empresária Nathalia Arcuri criticou, em entrevista ao No Lucro, da CNN, a necessidade que algumas pessoas bilionárias possuem de ostentar suas fortunas.
Na conversa, a jornalista e especialista em finança revelou que acaba assumindo o papel de “chata” quando está rodeada por pessoas que adotam essa postura, já que tem o costume de instigá-las a refletir sobre o impacto de suas ações e de suas empresas no mundo.
“Por que será que as pessoas precisam ostentar? Precisam mostrar que são bilionárias, precisam mostrar que cresceram. Eu virei essa chata do rolê dentro desse universo de finanças, a chata nos lugares onde os bilionários estão. Fico cutucando para que eles entendam o impacto do crescimento de suas empresas no planeta e nas próximas gerações”, declarou.
Para a fundadora da Me Poupe!, é preciso refletir sobre a necessidade de um capitalismo mais consciente. Nathalia cita, inclusive, as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, em maio, como exemplo de consequência negativa das práticas econômicas inconsequentes.
“O quão bons ou maus ancestrais eles estão sendo neste momento? Não é sobre o capitalismo, não é o capitalismo que nós temos, mas a gente pode ter um capitalismo consciente, porque está ficando cada vez mais caro viver do jeito que a gente vive hoje.”
“Esse modelo de crescimento ano contra ano já se provou insustentável. O planeta não aguenta mais, vai ficar cada vez mais caro. Se não é pelo amor, então você tem que pagar pela dor mesmo. Quanto você gastou no último ano, por exemplo? Agora, com a tragédia do Rio Grande do Sul, o que custou para as empresas que estão lá e a gente não para pra pensar o quanto somos responsáveis por isso”, criticou.
Empatia veio do jornalismo
A postura crítica da empresária foi moldada ao longo de sua carreira como jornalista, colecionando passagens pelo SBT e pela Record TV. Nathalia revelou que, no ofício, precisou cobrir tragédias das mais variadas, listando casos de “de deslizamentos, de tráfico, de violência doméstica, de falta de acesso à saúde, educação”.
“Ver a realidade das pessoas como repórter me doía muito”, afirmou. “Entendia que todas tinham em comum não só a falta da disponibilidade do dinheiro, mas a falta de disponibilidade do conhecimento. Eu percebia o quanto aquelas pessoas não tinham o conhecimento necessário para sair daquela situação, e educação básica e educação financeira também”, explicou.
“Elas não sabiam como o jogo do capitalismo era jogado. Elas sabem que são oprimidas, digamos assim, mas elas não sabem que, se tiverem conhecimento, elas conseguem entrar no jogo. Isso tudo começou a me pegar.”
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