Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Pedro Venceslau
    Blog

    Pedro Venceslau

    Pós-graduado em política e relações internacionais, foi colunista de política do jornal Brasil Econômico, repórter de política do Estadão e comentarista da Rádio Eldorado

    Sem garantia em chapa de Lula em 2026, Alckmin atua para reforçar capital político em SP e organizar PSB

    Entorno do vice-presidente espera contar com apoio do PT em projeto

    O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), tem despachado na sede do PSB em São Paulo nos finais de semana e dedicado seu tempo livre de agendas em Brasília para resgatar o capital político que construiu durante seus mandatos como governador.

    Mesmo em Brasília, políticos e lideranças paulistas são presença constante no gabinete do ex-tucano.

    Aliados de Alckmin ouvidos pela CNN dizem que a ideia é preparar o terreno para seu retorno à cena política paulista em 2026 com uma eventual candidatura ao Senado ou ao Palácio dos Bandeirantes.

    Se Lula optar por outro vice para contemplar partidos de sua base (o MDB teria preferência), o entorno do vice – presidente espera contar com o apoio do PT no projeto.

    Para concretizar esse plano de voo, Alckmin tem recebido e visitado prefeitos e lideranças do interior com perfil conservador e investido tempo e energia para organizar o PSB em São Paulo.

    “O Geraldo está ajudando o PSB a se reestruturar e se fortalecer em São Paulo”, disse à CNN o ex-deputado Silvio Torres, que deixou o PSDB com Alckmin e se juntou a ele no PSB.

    Os aliados do vice-presidente admitem que parte do eleitorado cativo do ex-governador não aceitou sua aliança com Lula e por isso é preciso reconstruir pontes.

    Nesse cenário, Alckmin deve atuar de maneira incisiva na pré-campanha de Tabata Amaral (PSB-SP) na capital e estará no palanque de Guilherme Boulos (PSOL-SP) em um eventual segundo turno.

    Pessoas próximas ao vice-presidente dizem, porém, que o apoio a Boulos vai prejudicar a aproximação com os políticos do interior.

    O problema para Alckmin é que seu partido tem uma estrutura precária em São Paulo e poucos nomes de expressão, segundo aliados.

    Em nota, a assessoria do vice-presidente disse que “a lealdade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Brasil não está condicionada a nenhuma garantia”