Lula faz gesto, mas MST amplia pressão sobre o governo
Nos cálculos do movimento, são necessários R$ 2,8 bilhões anuais para a reforma agrária
Aliado histórico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vai manter e ampliar a pressão sobre o governo apesar do anúncio nesta segunda-feira (15) do Programa Terra da Gente, que define estratégias para a reforma agrária.
Em um gesto para o movimento, o petista reservou um orçamento de R$ 520 milhões para a aquisição de imóveis, que deve beneficiar 73 mil famílias.
Nos cálculos do MST, são necessários R$ 2,8 bilhões anuais para a reforma agrária. A proposta, segundo o movimento, não destoa de anos anteriores.
De 2006 até 2013, não houve nenhum ano em que o orçamento para reforma agrária tenha sido menor que R$ 2,5 bilhões.
Apesar da audiência com Lula, o dirigente nacional do MST João Paulo Rodrigues divulgou em grupos de WhatsApp um card com a sanção do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no dia 25 de junho de 2002 à lei que instituiu o 17 de abril como o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.
O MST também divulgou um manifesto no qual diz que “a paciência é inimiga da fome”, cobra a recomposição do orçamento para a aquisição de alimentos, recursos para 42 cursos do Programa Nacional de Educação para Reforma Agrárias e faz críticas ao agronegócio.
Procurado, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, ainda não se manifestou.