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    Pedro Venceslau
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    Pedro Venceslau

    Pós-graduado em política e relações internacionais, foi colunista de política do jornal Brasil Econômico, repórter de política do Estadão e comentarista da Rádio Eldorado

    Entidade critica governo por falta de efetivo em delegacias da mulher em SP

    Secretaria de Segurança Pública anunciou no Dia da Mulher a criação de sete unidades especializadas, mas sindicato aponta déficit de profissionais

    O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil de São Paulo criticou a Secretaria de Segurança Pública do estado por remanejar policiais para atuarem nas novas Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) que foram inauguradas no sábado (8), Dia Internacional da Mulher.

    Segundo a entidade, a instituição policial já enfrenta “déficit considerável” em seus quadros, nas mais diferentes funções: de delegado à escrivão. O Sindicato alega que hoje são 14.589 servidores a menos na Polícia Civil.

    No sábado, o governo paulista anunciou a abertura de sete novas DDMs 24h, nas cidades de São José dos Campos, Ribeirão Preto, Bauru, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Piracicaba e Araçatuba.

    Com isso, houve um aumento de 11 para 18 unidades neste formato no estado, além de dez novas salas DDM para atendimento on-line.

    Segundo a delegada Jacqueline Valadares, presidente do Sindpesp, faltam “recursos humanos” para o funcionamento adequado desses serviços.

    “Isso impactará, sobremaneira, a estrutura de pessoal nas diversas regiões do interior paulista. Alguns Departamentos de Polícia Judiciária do Interior (Deinters) vão ter de criar novos plantões 24h, a partir da remoção de policiais em caráter definitivo para compor o expediente nas novas unidades. Outros farão com que seus delegados e delegadas façam revezamento permanente”, disse Jacqueline à CNN.

    O sindicato vê “efeitos colaterais” na medida, como prejuízo ao atendimento básico nas delegacias e redução da eficiência nas investigações dos crimes em geral, por força de sobrecarga.

    “O Governo do Estado mostra que não se preocupa com a saúde mental de seus policiais, pois foge do razoável demandar que o delegado, que já acumula muitas funções por força do alto déficit de servidores na Polícia Civil, como já mencionado, tenha de dirigir até quase 200 quilômetros para realizar um plantão e dar conta de atendimento em mais de uma Delegacia”, disse a presidente do Sindpesp.

    Procurada, a assessoria de imprensa da SSP disse que a valorização das forças de segurança do estado e a recomposição do efetivo são prioridades da gestão, que concedeu reajuste inédito para um primeiro ano de mandato, com média de 20,2% de aumento.

    “Em 2024, a pasta promoveu a maior nomeação da história de policiais civis, com o ingresso de mais de quatro mil agentes. Desde a última sexta-feira o estado passou a contar com 18 DDMs 24h, além de 162 Salas DDM, como forma de ampliar a rede de acolhimento e segurança e reforçar o combate à violência contra a mulher”, disse a SSP.

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