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    Pedro Venceslau
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    Pedro Venceslau

    Pós-graduado em política e relações internacionais, foi colunista de política do jornal Brasil Econômico, repórter de política do Estadão e comentarista da Rádio Eldorado

    Bastidor: Veto a saidinha joga pressão sobre Randolfe e divide o governo

    Fontes do Senado ouvidas pela CNN dizem que a responsabilidade de reunir os votos necessários para manter o veto será do líder do governo no Congresso

    A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de vetar a parte do Projeto de Lei que restringe as saídas temporárias para visitas à família dividiu o governo e deixou sob pressão o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso Nacional.

    Antes do veto, o senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, disse à CNN que o governo não deveria vetar devido ao desgaste político.

    Na mesma linha, o senador Randolfe Rodrigues admitiu em entrevista ao jornal “O Globo” ter votado a favor da proposta “pelas circunstâncias”.

    A decisão de veto do presidente teria sido tomada, segundo aliados, por influência do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da ala menos pragmática do governo.

    Nesse momento de escalada no tensionamento entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a missão de vocalizar a decisão do Palácio do Planalto de lutar pela manutenção do veto coube ao ministro da Casa Civil, Rui Costa.

    À CNN, Costa disse que o governo manteve a essência do projeto que restringe as saidinhas de presos, apesar do veto parcial, e por isso, acredita que o Congresso não irá derrubar a decisão de liberar a saída de presos para visitar familiares.

    Até o momento, Wagner ainda não se manifestou, mas fontes do Senado ouvidas pela CNN dizem que a responsabilidade de reunir os votos necessários para manter o veto será de Randolfe, já que a votação será em uma sessão do Congresso Nacional.

    O líder do governo no Senado também será cobrado por uma eventual derrota, mas não tanto quanto Randolfe, segundo fontes com trânsito no Congresso.

    Procurados, Randolfe e Wagner ainda não responderam