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    Pedro Venceslau
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    Pedro Venceslau

    Pós-graduado em política e relações internacionais, foi colunista de política do jornal Brasil Econômico, repórter de política do Estadão e comentarista da Rádio Eldorado

    Análise: como vice e no PSDB, Datena consolida Tabata como a 3ª via em SP

    Mesmo que Datena mude ideia às véspera das convenções, em julho, o acerto já está desenhado e a vaga de vice está reservada para o PSDB

    Nesta quinta-feira (4), o jornalista José Luiz Datena vai anunciar pela sexta vez que entra em uma pré-campanha. Nas cinco anteriores, houve sua desistência na reta final.

    Tucanos e pessebistas ouvidos pela CNN admitem que esse roteiro pode ser repetido, mas dizem que o importante agora é o simbolismo do ato.
    Pode parecer confuso, e é.

    A fotografia de Datena ao lado da deputada federal Tabata Amaral (PSB) no evento no qual o jornalista vai trocar um partido pelo outro quatro meses depois de entrar no PSB (com pompa e circunstância) é a sinalização que os tucanos jogaram a toalha e desistiram de lançar candidatura própria.

    O PSDB tentou, na reta final da janela partidária, trazer de volta o ex-vereador Andrea Matarazzo, que declinou, e o deputado Kim Kataguiri (União Brasil), mas a conversa não prosperou.

    Uma candidatura do PSDB neste momento teria poucos recursos financeiros e nenhuma condição de fazer frente aos favoritos. O partido correria o risco de agonizar em praça pública, dizem fontes da legenda.

    Mesmo que Datena mude ideia às véspera das convenções, em julho, o acerto já está desenhado e a vaga de vice está reservada para o PSDB.

    O ex-vereador Mário Covas Neto, tio de Bruno Covas, pode se filiar ao PSDB até sexta-feira. Se isso acontecer, passa a ser cotado para ser vice, assim como o ex-senador José Aníbal.

    Dito isso, Tabata sairá do evento de amanhã com a perspectiva de ampliar seu tempo de TV e rádio no horário eleitoral, sua base nos bairros com diretórios tucanos consolidados e o apoio de uma extensa rede de quadros que estiveram nos primeiros escalões do longo reinado tucano no estado.

    Isso sem falar que a deputada também se credencia para defender o legado de Bruno Covas, que Ricardo Nunes (MDB) gostaria de chamar de seu.