Execução em Guarulhos: Para governo, inquéritos paralelos podem levar Justiça a federalizar caso, dizem fontes
Fontes afirmam que a realização duas investigações simultâneas sobre a execução de Vinicius Gritzbach pode levar a Justiça a federalizar o caso, como aconteceu com o caso Marielle
O ministro da Justiça e Segurança e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, descartou a hipótese de federalizar a investigação do assassinato do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) que foi executado a tiros no aeroporto de Guarulhos (SP) na semana passada, mas a Justiça pode acabar tomando essa decisão.
Segundo fontes do governo ouvidas pela CNN, a federalização pode ser determinada caso a investigação paralela da Polícia Federal chegue a uma conclusão diferente do inquérito conduzido pelas força-tarefa criada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Em entrevista ontem, o ministro disse que a PF vai colaborar com investigação e que o inquérito paralelo “eventualmente” pode convergir com os resultados da investigação no âmbito estadual.
Procurada, a Secretaria de Segurança Pública diz que cabe à PF responder porque decidiu instaurar um inquérito paralelo. A PF não se manifestou
Especialistas criticam a força-tarefa criada pelo governo de São Paulo e defendem que a PF deveria coordenar o grupo.
“Só com Sistema Único Segurança Pública haverá integração total nas investigações sobre PCC”, diz Ricardo Cappelli, ex secretário executivo do MJ.
Ex-ouvidor da Polícia de São Paulo, o sociólogo Benedito Mariano disse que devido ao suposto envolvimento de policiais de São Paulo com o PCC e no próprio crime a liderança da PF daria mais “transparência” às investigações.