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    Pedro Venceslau
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    Pedro Venceslau

    Pós-graduado em política e relações internacionais, foi colunista de política do jornal Brasil Econômico, repórter de política do Estadão e comentarista da Rádio Eldorado

    Análise: Nunes enfrenta paredão reforçado por Marina Helena e Boulos cai na provocação de Marçal

    Ataques pessoais e discussões marcaram evento organizado pelo Estadão, Terra e Faap

    Ausente no debate da Band da semana passada, a candidata do Novo, Marina Helena, reforçou a artilharia contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB) no evento organizado por Estadão, Terra e FAAP nesta segunda-feira (14).

    O evento foi marcado por novos ataques e acusações de Marçal contra Nunes e Boulos, que subiu o tom nas respostas.

    O deputado do PSOL e o influenciador, que voltou a insinuar o uso de cocaína pelo adversário, chegaram a bater boca com o dedo em riste e trocaram xingamentos.

    Boulos lembrou o caso citado no debate da Band sobre a condenação de Marçal por fraude bancária.

    O influenciador reagiu dizendo que Boulos foi preso três vezes e tirou do bolso uma carteira de trabalho para provocar o deputado do Psol, que havia o chamado de “Padre Kelmon” e “psicopata”.

    O clima nos bastidores também foi tenso entre as campanhas.

    “Loucuras da esquerda”

    A estratégia da estreante Marina Helena surpreendeu aliados de Nunes ouvidos pela CNN, que esperavam uma “aliada” no palco do evento.

    Com a filiação do deputado bolsonarista Ricardo Salles ao Novo, a sigla passou a ter 5 deputados, o que daria a Marina Helena o direito de participar dos debates.

    O PL, que apoia Nunes, autorizou a mudança de Salles e assim ele preservou o mandato.

    A Justiça, porém, avaliou que a entrada do parlamentar aconteceu fora do prazo, e a candidata do Novo ficou fora do debate da Band.

    Com um discurso bolsonarista repleto de expressões como “ideologia de gênero”, Marina Helena disse que a prefeitura de Nunes “está cheia dessas loucuras da esquerda”.

    O prefeito mais uma vez manteve o tom moderado e evitou rebater os adversários com a mesma veemência dos ataques.

    O saldo final, na leitura das campanhas, é de que mais uma vez Nunes “sobreviveu”.

    No segundo debate eleitoral, Datena novamente se perdeu no tempo, embora tenha se mostrado mais preparado dessa vez.

    Do ponto de vista estratégico, focou sua munição em Nunes, mas tentou dividir a artilharia atacando Boulos em uma tentativa de furar a polarização.

    A deputada Tabata Amaral (PSB) buscou se destacar mencionando programas da prefeitura.

    “Convido as pessoas a conhecerem o que eu já fiz, como votei em votações importantes de responsabilidade fiscal, independência do Banco Central, marco legal do saneamento”, disse a deputada.

    Sem tempo de TV no horário eleitoral, o influenciador Pablo Marçal mais uma vez apostou em factóides para chamar atenção.

    O candidato virou de costas quando Tabata e Guilherme Boulos debatiam no centro do palco.

    No início do confronto com Boulos, assessores do influenciador entregaram a Marçal uma carteira de trabalho para ele provocar o deputado, o que foi feito no palco. Os dois se envolveram em uma discussão que terminou em um tapa de Boulos na carteira de trabalho usada por Marçal.

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