GCM sugeriu a policiais que atirou em secretário por “defesa e impulso”
Guarda municipal afirmou que secretário de Osasco levantou da mesa e levou a mão à cintura
O guarda civil municipal de Osasco, Henrique Marival de Sousa, manteve-se calado durante o depoimento formal na delegacia que investiga o assassinato do secretário de Segurança da cidade. No entanto, a policiais informalmente, ele afirmou que agiu por “impulso” e como forma de “defesa”.
As informações foram confirmadas por fontes ligadas à investigação ouvidas pela CNN. Adilson Custódio Moreira foi assassinado a balas de uma pistola Taurus .40 dentro da sede da prefeitura da cidade na Grande São Paulo.
O guarda que matou o secretário teria dito que, durante a discussão sobre a troca de posto de trabalho, Moreira levantou da cadeira em que estava e levou a mão à cintura. Por achar que ele sacaria uma arma, o guarda teria atirado antes. Ele ainda revelou que agiu por impulso e raiva, num descontrole momentâneo.
A versão, que pode futuramente ser usada para sustentar a defesa do GCM, é contestada pela polícia. Os investigadores do caso veem pelo menos quatro elementos de premeditação no crime.
O primeiro é que já havia desavenças entre os dois, segundo testemunhas. O segundo, que foi iniciativa do guarda a conversa em reservado com o secretário. O terceiro, que, desarmado, Moreira estava impossibilitado de se defender. E o quarto, o número de tiros: oito. Isso deixaria evidente a intenção de execução.
O fato de o guarda ter ido para uma conversa com seu superior hierárquico armado, no entanto, não é apontado como um fator de premeditação pela polícia. A investigação apontou que ele sempre andava armado, pois a pistola do crime era de uso funcional.
A polícia segue investigando o caso e vai ouvir mais testemunhas nesta quarta (8), incluindo funcionários da prefeitura. Henrique Marival de Sousa teve a prisão em flagrante convertida para preventiva pela Justiça no fim da manhã desta terça (7).