Amigo de olheiro de execução de delator do PCC é preso em SP
Prisão foi efetuada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e ocorreu nesta sexta-feira (17)
Em mais um desdobramento do caso do assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, conhecido como delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Brito, de 22 anos foi preso. Marcos é apontado como pessoa de relacionamento do foragido Kaue Amaral, considerado como olheiro do crime.
A prisão foi efetuada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e ocorreu nesta sexta-feira (17), na residência de Marcos, no Tatuapé, zona Leste de São Paulo.
De acordo com a Polícia, o jovem ficará preso temporariamente e estará a disposição da Justiça para prestar os esclarecimentos necessários. Além de ter um suposto envolvimento com Kaue, a prisão de Marcos se deu também por participar de associação para o tráfico de drogas com o amigo procurado e Jackeline Moreira, apontada como namorada do olheiro.
Veja vídeo da prisão:
Outras prisões
A modelo Jackeline Moreira, de 28 anos, foi presa no dia anterior (16) a Marcos. A polícia identificou movimentações financeiras da modelo para Kauê e determinou a prisão temporária por tráfico de drogas. A mulher era responsável por comercializar as drogas de posse do namorado, de acordo com as investigações.
Além destas prisões, mais 15 policiais militares e 5 policiais civis foram presos até o momento durante as operações. Eles são suspeitos de ter envolvimento em um esquema de proteção ilegal ao empresário Antônio Vinicius Gritzbach.
Esquema de segurança ilegal
A investigação, iniciada em março de 2024 após denúncias anônimas, revelou que os policiais sabiam das atividades criminosas de Gritzbach e, mesmo assim, aceitaram fazer sua segurança particular.
Gritzbach, que já havia sido preso em 2023 sob suspeita de ordenar a morte de dois membros do PCC, estava em processo de delação premiada e prometia entregar provas que revelariam um esquema envolvendo policiais civis e militares.
O empresário, que atuava no mercado imobiliário e em operações com criptomoedas, teria desviado dinheiro da facção e, temendo represálias, passou a andar com escolta armada.
De acordo com as investigações, o esquema de segurança era ilegal, sem qualquer respaldo judicial, e utilizava carros que imitavam viaturas policiais para garantir a proteção de Gritzbach.
Um dos agentes presos, um tenente da Polícia Militar, é apontado como chefe da organização e, segundo a investigação, facilitava a escala dos demais para que pudessem atuar na proteção do empresário. Os PMs envolvidos recebiam pagamento por seus serviços.