Tráfico, milícia e polícia: cidade do RJ vive “clima de guerra”
”Popeye” é procurado por tráfico de drogas e associação ao tráfico


Nos últimos dias, a cidade de Belford Roxo assistiu a um aumento da tensão numa guerra que envolve o tráfico, a milícia, a prefeitura e a polícia. Operações das autoridades do
município fecharam dois ferros velhos, interditaram desmanches, demoliram construções e retiraram barricadas.
Nesta terça (8) a prefeitura vai reunir comerciantes e vendedores ambulantes para falar sobre as taxas informais cobradas por milicianos como forma de extorsão. A medida é típica da atuação da milícia e bem difundida na zona Oeste da capital fluminense, berço da milícia no estado.
Enquanto a milícia opera silenciosamente, cobrando valores pela distribuição de recursos básicos, como água, luz e internet, o tráfico faz ações mais ostensivas e violentas.
As investidas do crime estariam sendo guiadas por Everton Alan Soares Conceição. Com mandado de prisão por tráfico e associação ao tráfico abertos, o traficante de 37 anos é conhecido como “Popeye”. Relatos apontam que ele poderia estar escondido no Complexo da Maré, na capital fluminense.
À CNN, o prefeito de Belford Roxo, Marcio Canella disse que está tentando conter o avanço do crime, já com melhora das estatísticas de roubo de automóveis, depois da demolição e interdição de desmanches e ferros velhos.
A cidade, entre Nova Iguaçu e Duque de Caxias, tem um dos Índices de Desenvolvimento Humano mais baixos da cidade. O IDH é uma espécie de medidor da precariedade dos serviços oferecidos. Pra além disso, Belford Roxo tem o percentual mais baixo de pessoas com ensino superior do país, segundo o IBGE.