Perícia conclui que tiro que matou médica partiu de bandidos
Direção dos projéteis bate com a localização de criminosos durante confronto na última terça (10)
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A médica Gisele Mendes de Souza e Mello, oficial da Marinha atingida dentro de um hospital no Rio • Reprodução
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A médica Gisele Mendes de Souza e Mello (primeira mulher à esquerda) durante evento no Hospital das Forças Armadas • Divulgação/Marinha
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A médica Gisele Mendes de Souza e Mello, da Marinha, morreu aos 55 anos após ser atingida por bala perdida dentro de hospital • Reprodução
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A médica Gisele Mendes de Souza e Mello (primeira à esquerda) durante evento no Hospital Naval de Brasília • Divulgação/Marinha
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A médica Gisele Mendes de Souza e Mello (primeira à esquerda) durante evento no Hospital Naval de Brasília • Divulgação/Marinha
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Médica Gisele Mendes de Souza e Mello foi atingida por bala perdida dentro do Hospital Naval Marcílio Dias, na zona norte do Rio de Janeiro • Divulgação
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A perícia concluiu que a bala que matou a médica Gisele Mendes de Souza e Mello, capitã da Marinha, foi disparada por bandidos. A informação foi confirmada por fontes da polícia à CNN.
Essa convicção de que o tiro partiu de criminosos e não de policiais acontece por conta da direção de onde bateram os tiros que atingiram as paredes do Hospital Naval Marcílio Dias.
Segundo a polícia, durante a troca de tiros, os bandidos estavam na parte alta da comunidade de Lins. Foi deste ponto que vieram os tiros que acertaram as paredes do hospital e, consequentemente, a médica da Marinha.
Os policiais estavam posicionados na parte baixa da comunidade. Nesta posição é incompatível que os tiros que atingiram as paredes do hospital e a médica tenham partido de policiais.
Ainda não se sabe quais armas foram utilizadas pelos bandidos.
Quem era a médica
Militar da Marinha desde 1995, a médica Gisele Mendes de Souza e Mello foi atingida na cabeça por uma bala perdida na manhã de terça-feira (10) durante um evento que ocorria dentro do Hospital Naval Marcílio Dias, em Lins de Vasconcelos, na zona norte do Rio de Janeiro.
Gisele chegou a passar por uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. A morte foi confirmada pela Marinha na tarde do mesmo dia em que Gisele foi baleada.
A médica era especializada em geriatria e atuava como superintendente de saúde no próprio Hospital Marcílio Dias — o mesmo local onde ela foi atingida pelo disparo de arma de fogo.
A profissional se formou em medicina em 1993 pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Ela possuía registro válido no Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 1994, com título de especialista em geriatria.
Segundo o Portal da Transparência do governo federal, Gisele ingressou no serviço público em 1995. Atualmente, ela possuía a patente de capitão-de-mar-e-guerra. Esse é o último posto antes da designação de contra-almirante –o primeiro dentro da classificação de oficial general.
Antes de atuar no Rio de Janeiro, Gisele foi diretora do Hospital Naval de Brasília.
Em setembro do ano passado, a médica foi enviada a uma missão na Suíça. Ela participou do 11º Curso de Ética Médica Militar e do 23º Curso de Direito Internacional dos Conflitos Armados, na cidade de Spiez.
Em 2010, Gisele apresentou uma monografia cujo tema foi “Gestão do Serviço de Atendimento Domiciliar no Hospital Naval Marcílio Dias” –o mesmo onde, 14 anos depois, ela seria atingida por um disparo de arma de fogo.