Sob crise, prefeitura de Porto Alegre pede respiradores, luvas, termômetros e outros 65 insumos para Ministério da Saúde
CNN teve acesso à lista de pedidos feitos por ofício ao governo federal que contém 1,4 milhão de itens


A prefeitura de Porto Alegre enviou neste domingo (5) uma lista com um pedido de 1,431 milhão de itens para o Ministério da Saúde.
Os pedidos são relativos a 68 insumos hospitalares como máscaras, aventais, luvas, termômetros, gaze e dietas por sonda, além de outros itens descartáveis, como seringas, álcool e eletrodos.
Os dados estão em uma tabela obtida pela CNN que mostra os itens e as quantidades solicitadas em meio à crise que se instalou na capital gaúcha. A decisão foi tomada depois de os hospitais informarem à secretaria municipal de Saúde que precisariam de tubos de oxigênio.
Tudo começou com um pedido dos hospitais Vila Nova e Restinga para os respiradores. Com ruas alagadas, a equipe da saúde pegou um helicóptero da Defesa Civil e foi até um município vizinho buscar o oxigênio. O problema é que outras duas instituições apontaram a possibilidade de falta de oxigênio.
O plano de contingência foi uma decisão do secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter. Foram ouvidos para elaborar a lista pelo menos 15 hospitais: Hospital de Pronto Socorro, Materno Infantil Presidente Vargas, Santa Casa, Vila Nova, Restinga e Extremo Sul, São Lucas, Instituto de Cardiologia, Hospital Espírita, Banco da Olhos, Independência, Grupo Hospitalar Conceição e prontos-atendimentos Cruzeiro do Sul, Bom Jesus e Lomba do Pinheiro.
Entre os insumos de saúde estão aparelhos para facilitar a respiração, como 60 respiradores de oxigênio mecânicos, além de bombas de infusão, oxímetros de pulso, termômetros, cânulas e circuito de alto fluxo.
A lista também tem descartáveis usados para a proteção de profissionais da saúde, como máscaras, aventais, luvas e álcool gel.
Entre os itens para curativos e higiene estão fraldas adultas e pediátricas, fitas micropore, esparadrapos, bolsas coletoras de urina, desinfetantes hospitalares, detergentes, papel higiênico e toalha, sabonete líquido, escovas e cremes dentais.
Há ainda alimentos sem especificação de quantidades. Entre eles: leite, carne, frutas, legumes, água, bolacha água e sal, café, farinha de trigo, feijão, arroz e óleo de soja.
Para o conforto e acomodação dos pacientes, a prefeitura pede umidificadores, mantas térmicas, cobertores, colchões e lençóis.
Segundo a pasta, o Ministério da Saúde se prontificou a enviar o máximo de itens possíveis o quanto antes. A remessa, no entanto, terá que enfrentar as dificuldades logísticas de acesso à cidade, que teve o Aeroporto Internacional Salgado Filho fechado por tempo indeterminado e várias ruas seguem alagadas e intransitáveis.