Réu confesso da morte de Marielle, Ronnie Lessa será transferido para SP nesta quinta-feira
Transferência será realizada 13 dias depois da autorização do ministro Alexandre de Moraes, como parte do acordo para a delação premiada de Lessa
O ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, será transferido para o complexo de Tremembé, em São Paulo, nesta quinta-feira (20). A informação foi confirmada à CNN por fontes que participam do planejamento da transferência.
Lessa partirá de Campo Grande (MS), onde está em uma penitenciária federal, para Tremembé, no interior de São Paulo. Se o trajeto fosse realizado de carro, levaria cerca de 14 horas para os mais de 1.100km. Mas será feito de avião.
Por estratégia e segurança da operação, o aeroporto e o horário da chegada de Lessa não foram informados. O mais provável é que o presidiário pouse no Aeroporto Internacional Professor Urbano Ernesto Stumpf, em São José dos Campos. De lá são cerca de 50 minutos até o complexo de Tremembé.
A operação para transferir Ronnie Lessa foi montada com agentes da Polícia Penal, vinculada ao Ministério da Justiça, da Polícia Federal e da Secretaria de Administração Penitenciária. A CNN revelou que Lessa terá a escolta de agentes armados e precisará ficar de cabeça baixa durante todo o voo.
Por conta da análise interna, a Secretaria de Administração Penitenciária decidiu que Lessa ficará na Penitenciária Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, chamada de P1. Seria o lugar de menor risco dentro do complexo que abriga presos homens e mulheres.
Apesar da superlotação, Lessa será acomodado em uma cela individual nas primeiras semanas. A rotina faz parte do período de observação e é regra para todos os presos que ingressam em presídios paulistas. No entanto, no caso do assassino confesso de Marielle e Anderson, existe a possibilidade da permanência em cela individual enquanto ele estiver por lá.
Outra particularidade na nova rotina de Ronnie Lessa é a gravação de vídeo e áudio nas áreas comuns e no parlatório, onde os presos mantém contato com familiares e advogados. Em sua decisão determinando o monitoramento, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, afirma que a medida tem como objetivo a ‘preservação da ordem interna e da segurança pública’.
