Polícia prende suspeita de envenenamento com brigadeirão
Buscas por Júlia Cathermol Andrade Pimenta começaram há uma semana; suspeita se entregou à polícia depois de um acordo feito entre o delegado, a advogada dela e a família
A polícia prendeu na noite desta terça-feira (4) a psicóloga Júlia Cathermol Andrade Pimenta, suspeita de ter matado o próprio namorado com um brigadeirão envenenado com morfina. A informação foi confirmada por fontes da Polícia Civil à CNN.
Júlia se entregou à polícia no bairro de Santa Teresa, depois de um acordo feito entre o delegado, a advogada dela e a família.
Assim que foi localizada pelos investigadores, Júlia rossi encaminhada para a 25ª delegacia de polícia do Rio de Janeiro, no Engenho Novo. Ela deve responder pelo crime de homicídio doloso, com eventuais agravantes.
O inquérito aponta ainda para a participação da cigana Suyany Breschak, que já tinha sido presa na última quarta-feira (29). O papel de Suyany ainda será esclarecido. Ela pode ser enquadrada como mentora do homicídio, coautora ou cúmplice, o que muda o crime e a pena.
Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado morto em seu próprio apartamento, na zona Norte do Rio de Janeiro, no fim de maio. O corpo estava em estágio avançado de decomposição, o que dificultou a perícia que ainda não foi concluída.
Em depoimento, a cigana disse que Júlia revelou a ela que dissolveu cinquenta pílulas de morfina em um brigadeirão, para envenenar o namorado.
As investigações sugerem que o motivo do crime foi financeiro, Júlia teria tido a intenção de ficar com o patrimônio de Luiz Marcelo, que inclui imóveis e um estacionamento.
Durante as investigações os policiais descobriram que ela entregou o carro de Luiz Marcelo como parte do pagamento de uma dívida de R$ 600 mil à cigana por trabalhos de “amarração do amor”.
Também foi revelado que ela tinha um segundo relacionamento, depois do depoimento de um homem na delegacia que dizia estar namorando com a psicóloga há dois anos.