Peeling de fenol: conselho de médicos vai acionar MP e Anvisa
Cremesp vai fazer reunião na manhã desta quinta-feira (6) para debater as ações possíveis
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo vai cobrar ações da Vigilância Sanitária e do Ministério Público para coibir o uso do fenol e de outras substâncias por parte de profissionais que não sejam médicos.
O órgão estuda ainda um alerta à população e vai preparar uma nota oficial sobre a morte do jovem Henrique Chagas, de 27 anos, que não resistiu às complicações de um procedimento de peeling de fenol com uma esteticista.
Nesta quinta-feira (6) pela manhã, a Comissão de Defesa do Ato Médico terá um encontro para tentar encontrar estratégias práticas para o que eles chamam de ‘tsunami de complicações’.
A ideia é acionar o Ministério Público, para investigar a proliferação de profissionais não capacitados realizando esse tipo de procedimento, além de cobrar dos departamentos de vigilância sanitária estaduais e municipais e da Anvisa um controle maior sobre o fenol.
“A cosmiatria é uma área da Medicina especializada no estudo, diagnóstico e tratamento de questões estéticas da pele. O nome deixa claro: área médica. O Conselho Federal de Medicina (CFM) tem a função de regulamentar e fiscalizar a prática médica no Brasil, mas não tem interferência em outras áreas de saúde”, disse em entrevista à CNN a dermatologista Eliandre Palermo.
Eliandre é conselheira e coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia e da Comissão de Defesa do Ato Médico do Cremesp.
Eles já vinham tratando, inclusive com ações judiciais, de outros temas, como pedidos de restrição ao uso do PMMA, ou ‘polimetilmetacrilato’, usado para fazer preenchimentos corporais, especialmente nos glúteos.
A ideia é tentar restringir em quantidades e procedimentos a substância que pode levar à sérias complicações, como a morte, quando usada de forma equivocada.
