PCC injetou R$ 74 milhões em empresas de ônibus para lavar dinheiro
Facção tomou controle de duas cooperativas para conseguir ampliar atuação do crime


Duas empresas de ônibus que prestam serviço para a cidade de São Paulo apareceram numa investigação do Ministério Público do estado. Fontes ligadas à investigação apontam que elas foram cooptadas e hoje são controladas pelo PCC, principal facção criminosa do estado.
Para transformar as cooperativas em empresas capazes de disputar licitações e operar na capital, os criminosos injetaram R$ 74 milhões na UPBus, que atua na zona Leste da cidade, e na TW, que atua na zona Oeste no Vale do Ribeira, no interior. Os valores foram revelados por fontes ligadas à investigação à CNN.
Somadas, as empresas transportam cerca de 350 mil pessoas por dia só na cidade. As empresas e seus sócios são alvos de mandados de busca e apreensão na Operação Fim da Linha, deflagrada nesta terça (9/4).
A ação do crime organizado visa garantir a lavagem de dinheiro do tráfico por caminhos institucionais. Os crimes acontecem há dez anos.
Durante esse processo de emancipação das cooperativas com o dinheiro do tráfico, teriam sido cometidos os crimes de apropriação indébita, extorsão, lavagem de dinheiro e grave ameaça aos cooperados.