Execução em Guarulhos: Polícia Civil recupera DNA de suspeitos
Reunião na tarde desta segunda (11) vai debater avanços e próximos passos; investigação da PF causa incômodo segundo integrantes da força-tarefa
Uma força-tarefa montada pela Polícia Civil de São Paulo investiga há quase 48 horas a execução de um empresário ligado ao PCC no Aeroporto de Guarulhos, que deixou ainda um motorista de aplicativo morto e outras duas pessoas feridas. O
s policiais conseguiram resgatar amostras de DNA do local onde foram recolhidas roupas e armas que foram sido usadas no crime, segundo investigadores ouvidos pela CNN.
A expectativa é encontrar correspondências no banco de dados genéticos da Polícia Científica de São Paulo.
Uma reunião foi marcada para esta segunda-feira (11), às 14h, para atualizar o andamento do caso. O número 2 da Secretaria de Segurança Pública, Nico Gonçalves, está voltando ao Brasil depois de uma viagem internacional e deve participar do encontro.
Os policiais conseguiram, ainda, imagens de câmeras de segurança do entorno do Aeroporto de Guarulhos que mostram a aproximação do carro dos suspeitos e a fuga depois da execução.
Eles também encontraram um carro que teria sido usado pelos suspeitos com armas, coletes à prova de bala e roupas, de onde obtiveram as amostras de DNA.
Para investigadores, a possibilidade de uma abordagem ao veículo por policiais foi o que fez o carro ser abandonado, em algo que não estava previsto no plano de fuga dos criminosos e agora pode ajudar a investigação a identificar e localizar os suspeitos.
Segundo fontes, até agora, a identidade dos bandidos – pelo menos três envolvidos – não foi confirmada.
Entretanto, a força-tarefa considera a investigação “avançada” e prevê que nas próximas horas possam ter as primeiras identificações dos suspeitos. As apostas agora estão no grupo de investigadores, peritos e papiloscopistas que estão analisando as imagens e amostras de DNA.
Segundo integrantes da força-tarefa, causou “desconforto” e “estranhamento” a abertura do inquérito por parte da Polícia Federal para investigar o caso em paralelo. Os agentes da Polícia Civil ficaram incomodados com o que consideraram “intromissão” da PF.
A CNN procurou a Polícia Federal para comentar o caso e aguarda retorno. Ontem, no momento do anúncio da abertura do inquérito, a comunicação da PF disse que “a investigação será realizada de forma integrada com a Polícia Civil de São Paulo e decorre da função de polícia aeroportuária da instituição”.