Nova York terá soldados da Guarda Nacional no metrô
Anúncio da governadora Kathy Hochul vem em meio a notícias de crimes violentos nos trens das últimas semanas; medida divide opiniões


O metrô de Nova York terá 750 integrantes da Guarda Nacional reforçando a segurança do sistema de transporte. Os soldados serão posicionados nas principais estações da cidade para fazer checagens aleatórias de bagagens, medida que, segundo a governadora Kathy Hochul, deve ajudar a inibir crimes.
Nas últimas semanas, notícias sobre crimes como um condutor que foi esfaqueado em uma estação do Brooklyn e uma pessoa assassinada dentro de um trem no Bronx trouxeram de volta a percepção de que o metrô na cidade é perigoso.
Mas, na verdade, os dados mostram o contrário: depois de um aumento durante a pandemia de Covid-19, os crimes no metrô caíram 15% em fevereiro em comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo a polícia de Nova York.
Foram 108 roubos (incluindo furtos) no sistema de transporte durante todo o mês de 2024, em cerca de 90 milhões de viagens.
Muitos dos crimes que viram notícia acontecem em estações de áreas mais periféricas da cidade, que sofrem mais com a falta de segurança.
Em geral, o metrô de Nova York é seguro, funcional e tranquilo, mas há uma diferença perceptível entre Manhattan e outros distritos, até mesmo na quantidade de linhas disponíveis.
Em um comunicado, a Riders Alliance, uma ONG de ativistas pelo transporte público de Nova York, se posicionou contra o envio dos soldados da Guarda Nacional às estações. Segundo o grupo, a medida, apesar de bem-intencionada, pode acabar piorando a percepção sobre a falta de segurança no metrô em vez de melhorar a situação.
Além disso, existe a preocupação sobre como será feita a escolha dos passageiros cujas bagagens serão checadas, com o receio de que populações de minorias, como negros e latinos, sejam desproporcionalmente afetadas.