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    Mariana Janjácomo
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    Mariana Janjácomo

    Correspondente em Nova York, Mariana Janjácomo é mestre em jornalismo pela New York University e ama descobrir cada canto de uma das cidades mais multiculturais do mundo

    Em meio a crise, Nova York dá limite de 30 dias para que imigrantes fiquem na cidade

    Prefeito declarou estado de emergência por causa da crise migratória

    Imigrantes que chegam a Nova York agora podem ficar apenas 30 dias nos abrigos da cidade. Depois disso, precisam encontrar outro lugar para ficar.

    As exceções à regra são famílias e adultos com até 23 anos, para quem o prazo é de até 60 dias, e pessoas com deficiência ou em circunstâncias específicas consideradas “extenuantes”.

    A medida foi resultado de um acordo entre a prefeitura de Nova York e o Legal Aid Society, um grupo sem fins lucrativos que presta assistência jurídica para pessoas de baixa renda, e deve ficar em vigor durante todo o estado de emergência declarado pelo prefeito Eric Adams por causa da crise migratória.

    Desde 2022, a cidade recebeu 183 mil imigrantes — para acomodar essas pessoas, hotéis foram convertidos em abrigos e tendas foram erguidas. Segundo o prefeito, isso tem sobrecarregado a administração municipal financeiramente.

    Andando pelas ruas, têm sido cada vez mais comum encontrar imigrantes pedindo dinheiro, principalmente nos arredores do hotel de Manhattan, designado como o ponto de chegada dessas pessoas, de onde elas são encaminhadas para outros locais.

    Um decreto da década de 1980, conhecido como “Decreto de Callahan”, estabeleceu que Nova York é obrigada a oferecer abrigo a quem precisa, mas a prefeitura argumenta que de lá para cá a situação mudou muito.

    Segundo o prefeito, continuar com o decreto da década de 80 sem mudanças, nesse momento, é impraticável.

    Eric Adams assumiu a prefeitura de Nova York em 2022, em meio a desconfianças de parte do eleitorado. Adams é democrata (como a maioria dos nova-iorquinos), mas seu histórico como ex-policial e a postura rígida em temas relacionados à imigração e segurança dividem opiniões.

    Enquanto uma parcela da população acredita que as medidas mais “linha dura” do prefeito são exatamente o que Nova York precisa, outra está insatisfeita e pensa que a cidade pode perder exatamente o que a diferencia de outros lugares nos Estados Unidos.